Vereador MiltinhoMiltinho é vereador em BH pelo PDT, protetor dos animais e idealizador do Resgate Rio Arrudas e ambientalista

Você sabia? Pets auxiliam na terapia de pessoas com autismo!

Publicado em 26/04/2023 às 06:00.

Como estamos no mês em que é trabalhada a conscientização do TEA – Transtorno do Espectro do Autismo e suas informações gerais, sugiro a reflexão sobre a doença e a ajuda de animais no tratamento de quem se enquadra na anomalia aqui dita.

O autismo resulta de anomalias no desenvolvimento de certas estruturas cerebrais do feto. A manifestação dos sintomas nos casos clássicos ocorre antes dos três anos de idade e persiste durante a vida adulta. Por exemplo, é comum que apresente limitação ou ausência de comunicação verbal, a redução da capacidade de interação social e um padrão de comportamento repetitivo. Hoje, já se percebe a surpreendente estatística de um caso do transtorno a cada 36 crianças. As estatísticas são do órgão de saúde Centers for Disease Control and Prevention (CDC).

O TEA – Transtorno do Espectro do Autismo não deve ser reconhecido como doença, mas como uma condição genética que pode trazer algumas limitações. Isso, porém, pode ser revertido caso a pessoa com tenha, desde cedo, uma assistência profissional multidisciplinar.

É nesse sentido que surgem as chamadas Terapias Assistidas por Animais, um tipo de tratamento inovador que utiliza da presença dos bichos para uma melhora na qualidade de vida, principalmente, de crianças e idosos. A convivência com os animais estimula brincadeiras que favorecem os exercícios e melhoram os movimentos e as funções motoras, bem como as conexões neuronais. Jogar a bolinha, colocar e tirar roupinhas que contém zíperes e botões auxiliam nesse quesito. A comunicação também é exercitada, podendo melhorar também a fala e a linguagem.

Além disso, o tratamento é altamente eficaz com crianças por conta da diversão em forma de terapia. Crianças com síndromes estão acostumadas com rotinas de exames e tratamentos para manter a qualidade de vida, mas a terapia com pets é vista como um momento de descontração. A ajuda vem em forma de brincadeira, o que torna o tratamento bem mais atraente.

Estudos mostram que a presença de animais auxilia na motivação de pessoas doentes. Esse apoio faz a diferença tanto no desenvolvimento físico e mental, quanto emocional dessas crianças. Os cães, assim como qualquer outro animal usado nesse tipo de terapia, devem ser devidamente limpos, vacinados, livres de qualquer tipo de zoonose e devidamente adestrados. Além disso, deve ser dócil. Filhotes e cães muito velhos não devem ser usados nessa prática por serem muito agitados ou cansarem facilmente.

Por conta disso, as raças de cães mais comuns para essas terapias são Golden Retriever e Labrador, tidas como as mais indicadas para tais atividades pelo temperamento manso e tranquilo desses cachorros. Anotou? Agora, lembre-se: o autismo é parte do mundo, não um mundo à parte, e o transtorno não é o inimigo (e sim o preconceito). Por fim, a inclusão deve ser regra e nunca uma exceção.

*Miltinho é protetor dos animais, vereador em BH, ambientalista e idealizador do Instituto Resgate Animal Rio Arrudas

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