Essa é uma questão que sempre acontece. O avião dá ré? Tem buzina? Vamos por partes. Primeiramente, avião não tem ré, não ao pé da letra. Alguns aviões podem realizar um procedimento chamado “powerback”, que é o ato de inverter o fluxo da força gerada por seus motores com a finalidade de andar na direção contrária. Aviões como o ATR72, popularmente utilizado no Brasil, podem inverter o ângulo do passo de suas hélices, fazendo com que deem ré. Aviões “a jato” podem atuar seus reversores de forma que o empuxo das “turbinas” (maneira popular, porém incorreta de se referir aos motores dos grandes aviões) proporcione a ré.
Porém, contudo, entretanto, essa operação causa um esforço ao motor, bem como gera a emissão de gases de alta temperatura, que são comuns na operação. Mas se o avião der ré, vai “se alimentar” desses gases, aumentando a temperatura da operação, tornando-se uma operação não desejável. Mas e aí? Ele precisa dar ré, como faz? É bem popular o uso de tratores, inclusive agrícolas, cuja força motriz é capaz de empurrar aviões que pesam 23 toneladas, como um ATR72 ou aviões acima de 100 toneladas, como grandes jatos. Este trator se conecta ao avião através de um equipamento de suporte de solo chamado barra de pushback e a operação é acompanhada por um mecânico de aeronaves, que coordena os processos inerentes ao pushback.
E a buzininha? Aviões comerciais têm buzina sim! Opa, e como fica? É só sair apertando para cumprimentar um colega ou retirar o outro da frente de maneira mágica, tal como muitos motoristas pensam no trânsito? Não! A buzina é utilizada de duas maneiras: o comandante aciona, de forma a chamar um mecânico para o fone de comunicação entre cabine e solo, ou o avião dispara sozinho em caso de uma queda elétrica, de maneira que alerte a equipe de manutenção para atender a ocorrência. Essa é a função da buzina na aeronave. Agora, imagine, se de maneira cômica, aviões tivessem buzina igual apito de trem e ela fosse utilizada de qualquer maneira! Ainda bem que não tem.