Blog do LindenbergCarlos Lindenberg, jornalista, ex-comentarista da BandMinas e Rádio Itatiaia, e da Revista Exclusive. Autor do livro Quase História e co-autor do perfil do ex-governador Hélio Garcia.

Abre-se a caça aos votos dos mineiros tanto ao governo do Estado como à prefeitura da capital

Publicado em 12/08/2023 às 06:00.

Está aberta a temporada de caça aos votos à prefeitura de Belo Horizonte. Já que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, prefere concorrer à reeleição, e o atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, não parece disposto a concorrer a um novo mandato, embora ele poderia fazê-lo, abre-se a temporada de caça aos eleitores belo-horizontinos ou quem sabe ao governo do Estado.

Dessa seara o primeiro nome que se destaca é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). E a razão é simples: Pacheco tem sido um facilitador para o tramite de matérias de interesse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E a razão também é simples: Pacheco, assim como Tarcísio, termina seu mandato em 2025, quando será eleito o novo presidente do  Congresso Nacional – mas ao contrário do governador paulista, Tarcísio, ele já fez sua opção pela reeleição, portanto é carta fora do baralho.

Haveria uma possibilidade para Rodrigo Pacheco, sua indicação ao Supremo Tribunal Federal, uma possibilidade remota desde que Lula já tenha decidido que o PT, com aliados, terá candidato ao governo do Estado. De sorte que assim fica remota a possibilidade de Pacheco ir ao STF. Lula, que apoiou Alexandre Kalil na última eleição, não abre mão de ter um candidato ao governo de Minas.

O governador de Minas, Romeu Zema, neste caso dança para a presidência da República, ainda mais agora depois de sofrer tanta pancadaria depois de pregar a possibilidade de unir o sul e o sudeste em contraposição à opulência eleitoral do Norte e Nordeste. Zema foi de uma estultice inominável, para não falar de outras batatadas que tem soltado ao longo de seu mandato, como perguntar se Adélia Prado, possivelmente a maior poetisa da atualidade, trabalhava como funcionária de uma emissora lá mesmo de Divinópolis. Na verdade, o que Zema deseja é uma cadeira no senado. E para tanto vem trabalhando. O que pode impedi-lo é a serie de asneiras que tem dito, como, ao responder à CNN, disse que eu te “ovo muito bem”.

Mas as coisas para o lado do PT e do PSD não param aí. Há pelo menos outras chances de candidaturas. O vereador Gabriel Azevedo, de tanto bater no prefeito Fuad Noman, é candidato certo à prefeitura de Belo Horizonte. Perambula pelas redes  sociais, chama a cidade de uma “uma sujeira só”, visando o prefeito, claro. E de outro lado, o atual deputado federal Nikolas Ferreira, é outro que pinta no quadro eleitoral, tendo sido o vereador – quando o era – mais votado para a Câmara dos Deputados. Como canta uma fonte bem informada da Câmara Municipal, “é certo que haverá um embate entre a esquerda e a direita, o resto é especulação”. Nem tanto assim, se Lula quer ter um nome para o governo do Estado.

Mas há outras possibilidades também. No caso do PT, por exemplo, a atual prefeita de Contagem, Marilia Campos (PT) é também citada como postulante sem falar no atual ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG) que poderia compor uma chapa ao governo do Estado com forças de centro e da esquerda – sem contar que o único governador da história de Minas foi o petista Fernando Pimentel (2015-2018) não conseguindo se reeleger, numa disputa com Anastasia e com o próprio Zema que no último debate da Globo pediu votos para Jair Bolsonaro. Pimentel, por sinal, em sua última entrevista disse que herdou uma dívida de oito bilhões da gestão anterior à sua.

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