David Braga é CEO da Prime Talent. Professor da Fundação Dom Cabral, Presidente da ABRH-MG, Conselheiro do ChildFund e ACMinas

Não seja um líder bonzinho, mas justo!

Publicado em 12/06/2025 às 06:00.

Já é sabido que ser um líder não é algo simples, tampouco fácil, uma vez que constantemente enfrenta-se desafios significativos que exigem um conjunto diversificado de habilidades e uma abordagem eficaz na gestão de equipes. Com o aumento da diversidade nas organizações e a aceleração da transformação digital, os líderes são constantemente pressionados a se adaptar, promovendo ambientes que valorizem a inclusão. Neste cenário, a empatia e o suporte emocional ganham cada vez mais relevância, complicando a tarefa dos líderes, que precisam se tornar mais acessíveis e atentos às necessidades de seus colaboradores. Nesse contexto, a liderança moderna requer que os profissionais atuem não apenas como gestores, mas também como mentores e defensores do bem-estar das suas equipes.

Entre os principais desafios da liderança está a necessidade de equilibrar resultados com o clima organizacional. A pressão por desempenho pode levar a decisões difíceis, tornando essencial uma liderança justa. Um líder justo fundamenta suas decisões em princípios éticos e nas necessidades do time, não se limitando a ser complacente ou a evitar confrontos quando necessário. Agir com equidade e transparência é fundamental para garantir que todos os colaboradores sejam tratados de maneira justa e que suas contribuições sejam devidamente reconhecidas.

A diferença entre ser justo e ser "bonzinho" reside na integridade das decisões. Um líder que escolhe caminhos fáceis pode evitar situações desconfortáveis, mas essa abordagem pode trazer prejuízos a longo prazo para a equipe e a organização. Essa falta de limites pode resultar em desmotivação e falta de respeito, impactando a cultura organizacional. Em contrapartida, um líder justo orienta suas ações para o bem coletivo, aplicando regras com imparcialidade e estabelecendo limites claros, favorecendo um clima de respeito e responsabilidade entre os colaboradores.

Enquanto um líder justo busca o bem-estar do grupo através de práticas equitativas e transparentes, um líder bonzinho pode priorizar a aparência de harmonia e aceitação, às vezes em detrimento do crescimento e do desenvolvimento da equipe. A liderança justa é essencial para a construção de uma cultura organizacional saudável e sustentável. Além disso, a comunicação precisa e assertiva é um aspecto crucial da liderança atual.

A importância de uma liderança justa, em vez de meramente apaziguadora, é evidente quando se avalia o impacto na cultura organizacional a longo prazo. Equipes que se desenvolvem sob uma liderança justa tendem a ser mais coesas, motivadas e abertas à inovação, pois compreendem que suas vozes e contribuições são valorizadas. Essa abordagem não apenas fortalece a organização, mas também lhe permite crescer e se adaptar de forma sustentável às mudanças do mercado.

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