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Dinheiro em JogoRafa Anthony é trader de dólar há 10 anos, professor e especialista em Market Profile, uma poderosa ferramenta de análise do mercado

Déficit comercial dos EUA atinge recorde histórico

Publicado em 30/04/2025 às 18:27.

No maior movimento de "aproveite essa oportunidade antes que aumente", os EUA bateram o recorde histórico de déficit comercial em março. 

Com medo das tarifas prometidas pelo presidente Trump, as empresas correram para comprar produtos importados. Os portos da Costa Oeste relatam queda no volume de carga, e cresce o receio de escassez em setores como construção e manufatura.

O resultado? Uma diferença de US$ 162 bilhões entre importações e exportações. Este é o maior valor desde a década de 1990 e excede significativamente o valor de 2024 de US$ 92,8 bilhões.

O governo americano, por sua vez, tenta conter a narrativa de crise e sinaliza avanços em acordos com países como Índia, Coreia do Sul e Japão. Mas até que se confirme algum alívio concreto, o risco de um 2025 fraco permanece no radar.

Quando o estoque cresce mais que o PIB

Economistas de grandes bancos, como Morgan Stanley, Goldman Sachs e JPMorgan, reavaliaram suas projeções de crescimento, algumas delas agora indicando contração no trimestre. O motivo é claro: importar mais hoje, por medo do amanhã, pode inflar o déficit e reduzir o crescimento real, ao menos nas contas nacionais. 

O paradoxo das tarifas

A política tarifária de Trump pretendia ser um escudo para a indústria americana, mas acabou funcionando mais como um bumerangue mal calibrado: aumentaram as importações, tumultuaram cadeias produtivas e elevaram a incerteza. Embora Trump tenha suspendido muitas das tarifas "recíprocas" por 90 dias em 4 de abril, A tarifa base de 10% continua em vigor, assim como a impressionante alíquota de 145% sobre a maioria dos produtos chineses. No fim das contas, o protecionismo até pode render aplausos em ano eleitoral, mas nas planilhas das empresas globais ele soa mais como uma pegadinha contábil. 

Gringo já prepara o Pix

Com o Fed dando sinais de que pode baixar os juros em junho, o Brasil pode acabar virando o queridinho dos investidores gringos. Afinal, por aqui ainda se fala em subir os juros, e quem é que não gosta de ganhar dinheiro fácil, né? O gringo olha, vê esse diferencial de juros brilhando, e pensa: “bora lucrar com o governo brasileiro e ainda levar uma caipirinha de brinde”. No fim das contas, isso pode ajudar a segurar o dólar e dar um alívio na nossa economia, que anda precisando de um respiro.

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