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Rafa AnthonyTrader de dólar há 10 anos, professor e especialista em Market Profile, uma poderosa ferramenta de análise do mercado

Powell, Galípolo e Inflação Americana: O Trio que Dita o Ritmo da Semana

Publicado em 01/12/2025 às 09:43.

A semana abre com a agenda cheia no Brasil. O Boletim Focus inaugura a segunda-feira trazendo novas projeções para inflação e atividade econômica, enquanto o PMI industrial ajuda a medir o ritmo da indústria nacional. Logo depois, Gabriel Galípolo, presidente do BC, faz mais um discurso e ninguém espera grandes mudanças emsuas falas, já que ele mesmo deixou no ar uma expectativa sobre o que vem pela
frente.

A Selic segue firme, apoiada no mercado de trabalho aquecido e na vigilância constante sobre os preços. Nos próximos dias, entram na mesa a produção industrial,o PIB do terceiro trimestre e os dados do setor automotivo. Nesse pano de fundo, o Ibovespa continua exibindo confiança. Depois de marcar
novos recordes acima dos 159 mil pontos, o índice entra na semana testando o humor dos investidores.

A liquidez segue sólida, e há quem veja espaço para um salto rumo aos 163 mil pontos. Não é otimismo exagerado, mas também não é destino garantido. A semana vai mostrar o ritmo real com base na definição dos juros americanos, que  podem ajudar a atrair mais dinheiro estrangeiro.

O consumo mostra o pulso da economia

A Black Friday ainda reverbera. Nos Estados Unidos, o comércio eletrônico avançou com força e reforçou a ideia de uma economia resistente. No Brasil, o movimento foi mais moderado, com o varejo físico mais fraco e as vendas online segurando o desempenho geral. Esses números ajudam a calibrar a expectativa para o fim do ano e dão pistas sobre a disposição do consumidor. As pseudo promoções continuam hoje,
com a Cyber Monday focada em eletrônicos.

Juros, câmbio e o duelo permanente

O dólar começa a semana tentando se manter acima dos R$ 5,30. O fluxo estrangeiro pressiona a moeda para baixo, e o diferencial de juros continua atraente para o Brasil. Nos Estados Unidos, os Treasuries retomam a movimentação depois do feriado.

As apostas em corte logo no início de 2026 perderam força na sexta, e o mercado voltou a ajustar a curva de juros para cima nos vencimentos curtos, enquanto o Banco
Central repete seu discurso de paciência. Esse cabo de guerra deve ser um dos pontos de atenção da semana.

O mundo lá fora em ritmo acelerado

A geopolítica promete muitas manchetes. A Ucrânia vive uma fase de turbulência política, com trocas importantes na equipe de negociação, enquanto Washington tenta acelerar um possível acordo de paz. A França recebe Zelensky, a Rússia rebate, e os Estados Unidos preparam uma missão para falar diretamente com Putin.

O cenário muda rápido e influencia o humor dos mercados, mesmo que de forma indireta. Na Venezuela, o presidente Trump elevou o tom sobre o governo Maduro. Ainda é barulho diplomático, mas suficiente para chamar atenção logo na abertura da semana, já que existe expectativa de uma ofensiva militar terrestre a qualquer momento.

O suspense de hoje à noite que todos aguardam

O ponto mais aguardado chega no fim do dia. Jerome Powell, presidente do Banco Central americano, discursa às 22h00 e o mercado praticamente já tomou sua decisão. A aposta quase unânime é de mais um corte de 25 pontos base na reunião do FOMC da próxima semana. Falta apenas saber se Powell confirma esse clima de consenso ou se mantém um tom mais prudente para segurar o entusiasmo.

A reação virá amanhã e deve guiar boa parte do sentimento até o fim da semana. Entre o discurso de Powell, o índice de inflação americana PCE que sai na sexta-feira e a bateria de indicadores domésticos e globais, esta promete ser uma semana marcada por expectativa e um certo bom humor do mercado.

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