O jornal alemão Bild revelou recentemente o que até então eram documentos militares secretos sobre análise de cenários possíveis sobre o desdobramento da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Dentre eles, o mais extremo desencadeia em uma terceira guerra mundial em cerca de 18 meses. Dispõe o documento que em consequência da falta de apoio do ocidente a Kiev, a vitória da Rússia sobre a Ucrânia torna-se provável.
Nesses termos, segundo o documento, o passo seguinte da Rússia comandada pelo demoníaco Putin “seria o deslocamento de suas tropas para perto da fronteira com Lituânia, Letónia e Estónia, através da Bielorrússia, ocupando o Corredor de Suwalki, que divide Polónia da Lituânia”.
E com a ocupação pelas tropas russas, os três países do Báltico ficariam isolados do resto da Europa, o que imporia ação direta e imediata da Otan, pois conforme o estatuto da Aliança Atlântica, os Estados-membros são obrigados a intervir caso outro aliado seja atacado, o que ensejaria uma guerra de amplitude global.
Segundo a imprensa europeia, um porta-voz do ministério alemão da Defesa confirmou a existência destes documentos. Em declarações ao Bild, referiu que “considerar diferentes cenários, mesmo que sejam altamente improváveis, é parte da atividade militar, especialmente do treino”. O próprio Ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, enfatizou: “Devemos fortalecer rapidamente a nossa capacidade de defesa dada a urgência da situação de ameaça.”
Após a revelação dos citados documentos militares, a Otan se manifestou.
O almirante Rob Bauer, presidente do Comitê Militar da Otan, segundo o portal da organização, instou tanto os governos quanto os civis a se prepararem para conflitos contundentes e para a perspectiva de serem recrutados para uma guerra que exigirá uma mudança total nas suas vidas nos próximos 20 anos.
“Temos que perceber que não é um dado adquirido que estamos em paz. E é por isso que nós (forças da Otan) temos planos, é por isso que estamos nos preparando para um conflito com a Rússia”, disse Bauer aos jornalistas após uma reunião dos chefes de defesa da Otan em Bruxelas.
“Precisamos que os intervenientes públicos e privados mudem a sua mentalidade de uma era em que tudo era planejável, previsível, controlável e centrado na eficiência, para uma era em que tudo pode acontecer a qualquer momento. Uma era em que precisamos esperar o inesperado”, alertou Bauer.
Em concreto no momento, a Otan planeja mobilizar 90 mil soldados na sua maior manobra militar desde a Guerra Fria, a fim de dissuadir o endemoniado Vladimir Putin de atacar um país membro.
Segundo divulgação da Otan, o Reino Unido declarou que enviará nos próximos dias 20 mil soldados com os dois novos porta-aviões da Marinha Real, oito navios de guerra, bem como a aeronave de ataque relâmpago F-35 da RAF, que praticará voo em cenários de conflito simulados. A Alemanha, por sua vez, enviará 12 mil soldados, além de 3 mil veículos e 30 aeronaves.
“Hoje é o 693º dia do que a Rússia pensava que seria uma guerra de três dias. A Ucrânia terá o nosso apoio em todos os dias que estão por vir porque o resultado desta guerra determinará o destino do mundo”, concluiu Rob Bauer.
É o que temos na geopolítica global atual. Oremos a Deus e nos preparemos para o que está por vir.