Nossa atividade profissional, fruto de nosso sustento, ocupa boa parte do nosso dia, até mesmo mais daquele dedicado à nossa família e amigos. Assim sendo, precisamos atuar em algo que apreciamos, que nos motiva acordar todos os dias e colocar nosso tempo, inteligência e pró atividade a serviço do seu planejamento, sua execução, alcançar metas e vencer os desafios diários.

Nesse diapasão, sábias palavras do escritor e consultor empresarial Rick Boxx, no Maná da Semana, com reflexões pertinentes descritas à seguir:

“Por que você vai trabalhar? Nós podemos apresentar diversos motivos para trabalhar. Eles vão desde ganhar o sustento e sermos capazes de saldar nossos débitos até fazer uso produtivo das tantas horas em que estamos acordados. Mas, quantos de nós vão para o trabalho principalmente porque simplesmente apreciamos o que estamos fazendo?

No filme de 1981 sobre Eric Liddell, (Carruagens de Fogo) N.R. o corredor olímpico escocês que também se preparava para se tornar um missionário para a China, uma cena em particular ilustra essa verdade. Liddell explicava para sua irmã porque ele continuava a treinar para as olimpíadas mesmo tendo assumido o compromisso de dedicar sua vida ao trabalho missionário. Liddell concorda com sua irmã que servir como missionário era o que Deus o havia chamado a fazer. E então ele acrescenta: “Eu creio que Deus me fez para um propósito – ir para a China. Mas Ele também me fez veloz, e quando eu corro, posso sentir o Seu prazer.” Você já experimentou um momento em seu trabalho em que você também pode “sentir o prazer de Deus”?

Isto me faz recordar um tema que o rei Salomão destacou no livro de Eclesiastes, no Antigo Testamento. Depois de haver experimentado virtualmente tudo o que a vida tem a oferecer – prazeres sensoriais, riqueza, fama e enorme sucesso – o rei de Israel chegou à seguinte conclusão:

“Assim, descobri que, para o homem, o melhor e o que mais vale a pena é comer, beber, e desfrutar o resultado de todo o esforço que se faz debaixo do sol durante os poucos dias de vida que Deus lhe dá...aceitar a sua sorte e a ser feliz em seu trabalho, isso é um presente de Deus.” (Eclesiastes 5:18-19).

Você pode se perguntar: “Estou realizando um trabalho que aprecio ou estou empenhado em fazer algo que me exaure?” Nos empenhamos para sermos capazes de apreciar o nosso trabalho é uma busca benéfica e frutífera, já que tantas das horas em que estamos acordados são passadas no ambiente de trabalho. Uma pergunta pode nos vir à mente: “Como eu posso fazer isso?” – especialmente se você no momento não tem um emprego que ache muito agradável. Aqui estão alguns princípios extraídos das Escrituras acerca de trabalho que valem a pena serem considerados:

Deus ordenou o trabalho para nós. Muitas pessoas consideram o trabalho como sendo um mal necessário, mas desde o início Deus designou o trabalho como parte de nosso “descritivo de tarefas” como seres humanos. “Criou Deus o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou [Adão e Eva], e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar... e sobre todos os animais que se movem pela terra.’” (Gênesis 1:27-28).

Deus nos criou de forma única. Como Eric Liddell, a Bíblia diz que Deus criou cada um de nós de forma única e para um propósito. Se possível, descubra e procure um trabalho que melhor utilize os dons e paixões que te foram dados por Deus. “Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção.” (Salmos 139:14).

Onde quer que estejamos, Deus quer que O honremos. Mesmo que o emprego atual não seja tão satisfatório quanto seria desejável, o Senhor nos colocou ali por alguma razão. Talvez pudéssemos tentar reestruturá-lo de modo a maximizar nossos dons e paixões, honrando a Deus nesse processo. “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens...É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” (Colossenses 3:23-24).