Foco no círculo virtuoso da educação. Esta é a meta do governo de Minas, com significativos resultados futuros no aspecto socioeconômico e no fortalecimento da nossa cidadania.
No aspecto socioeconômico, eficiência na educação significa cidadãos protagonistas em suas vidas, aptos a ocupar satisfatórios postos profissionais em um mundo dinâmico, globalizado, competitivo e cada vez mais conectado.
Com melhores salários e mais oportunidades, abre-se a possibilidade de redução da brutal desigualdade atual, desnudada ainda mais com a pandemia. E, como consequência, redução da violência, diminuição das doenças psicossomáticas, fortalecimento do núcleo familiar, acesso a bens materiais e imateriais, a cultura, lazer e alimentação saudável.
No aspecto da cidadania, eficiência na educação significa povo crítico, reflexivo, consciente de seus direitos e deveres, ao sentimento de pertencimento e participativo nas questões da res publica. Neste diapasão, há o avanço da democracia real, com a preocupação maior com o voto e acompanhamento na atuação dos mandatários, fortalecendo a reconexão entre representantes e representados. Com isso, aprimora-se a qualidade das normas aprovadas nos parlamentos e das políticas públicas oriundas dos poderes executivos, o que indubitavelmente reflete na qualidade de vida de todos. E em ambos os casos, instaura-se o tão almejado círculo virtuoso sustentado.
E qual o papel do estado para alcançar este círculo virtuoso? Não importa se em sentido amplo, no caso do estado brasileiro, ou sentido estrito, um estado membro, como Minas Gerais, a atuação estatal deve se dar de forma firme e prioritária na educação, tanto em investimento financeiro como em decisão e ação governamental.
Nestes termos, o governo de Minas lançou de forma oportuna e pertinente o programa “Trilhas de Futuro”, em que o eixo principal é a qualificação profissional para os jovens mineiros. Esta iniciativa está em perfeito alinhamento com o relatório do Banco Mundial “Agir agora para proteger o capital humano de nossas crianças: Os custos e a Resposta ao Impacto da pandemia da COVID no Setor de Educação na América Latina e no Caribe”, objeto de análise desta coluna da semana passada. Frisa o documento que “os governos da região precisam garantir financiamento público prioritário para a educação”.
O programa do governo mineiro é resultado do trabalho conjunto entre as secretarias de Estado de Educação, de Desenvolvimento Social e de Desenvolvimento Econômico, explicitando a transversalidade da temática.
O escopo é a oferta inicial de 40 mil vagas para cursos técnicos, com previsão de investimento de R$ 534,7 milhões. Cerca de 80 opções de cursos serão ofertadas, a saber: técnicos em eletrotécnica, enfermagem, sistemas de energia renovável, vendas, edificações, mecânica, entre outros. Conforme destacou o governador Romeu Zema, “Os cursos não foram escolhidos aleatoriamente. O setor produtivo foi escutado, pois é ele quem contrata. Nós sabemos hoje que o setor produtivo demanda uma série de profissionais e não consegue encontrar no mercado. Isso representa um potencial gigantesco para os jovens que terão acesso a esses cursos e também transporte e alimentação, pois muitas vezes o jovem tem necessidade de ter essa ajuda”, destacou o governador. O processo de consulta foi conduzido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Segundo o secretário Fernando Passalio, foram ouvidas 110 empresas e 50 polos industriais do estado. “De imediato, já identificamos mais de 7,5 mil vagas de emprego em aberto, com carência de pessoas qualificadas e mais de 230 ocupações com demanda imediata de trabalho”.
Os postulantes às vagas deverão ser estudantes de escolas públicas e privadas regularmente matriculados no 2º e 3º anos do ensino médio ou em qualquer período da Educação de Jovens e Adultos (EJA) - Ensino Médio e também jovens que já concluíram o ensino médio. Quanto a prazos, no dia 24/7 será publicado o catálogo dos curso; as inscrições poderão ser feitas de 26/7 a 11/8 e as aulas iniciarão em 18/10.
A conjuntura atual demonstra que os desafios são complexos e exigem ações rápidas. Mister são programas e projetos para mitigar os danosos efeitos para os jovens causados pela Covid, incluindo, por suposto, as deficiências de aprendizado e qualificação do período anterior à pandemia. Conforme a dedicada secretária de Estado de Educação Julia Sant’Anna, “a gente acredita que a educação profissional torna a escola muito mais atrativa para o jovem e contribui muito para diminuir os índices de abandono e aumentar a empregabilidade”.
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