O termo "adultização" se tornou centro de discussão nas redes sociais principalmente após o youtuber Felca divulgar um vídeo sobre o assunto e expondo mecanismos de exploração sexual de menores de idade em conteúdos na internet. E nesta semana o Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 2628/2022, que estabelece regras para proteção e prevenção de crimes contra crianças e adolescentes em ambientes digitais. É o chamado PL contra a "adultização" de crianças.
Segundo a Fundação Abrinq, a adultização infantil se refere “à exposição precoce de crianças a comportamentos, responsabilidades e expectativas que deveriam ser reservadas aos adultos”.
Indubitavelmente tema da maior relevância para atuação de todos os setores no combate a esses crimes cometidos contra nossas crianças. Em outro viés, pertinente um outro sentido da adultização, nesse caso positivo e almejado por todos, ou pelo menos pelos cidadãos de bem!
Vivemos um ambiente altamente polarizado e nocivo para o interesse público e para a efetividade da Política com P maiúsculo. Disputas de narrativas em discursos, entrevistas e principalmente nas redes sociais desnudam temas distantes das verdadeiras necessidades da população brasileira.
Almeja-se educação e saúde de qualidade, um estado enxuto, transparente e eficiente, combate efetivo da corrupção, medidas eficazes em prol da segurança pública, menos politicagem e bonés e mais ações efetivas, menos paternalismo estatal e mais protagonismo ao cidadão na construção do seu destino.
Chega de infantilização de parte dos políticos e pretensos candidatos. Não dá mais para improvisar candidatos sem a menor capacidade de receber nossa procuração (voto) para em nosso nome conduzir os destinos da nação, seja no poder executivo seja no poder legislativo, em âmbito federal ou estadual. Chega de eleitos incompetentes, corruptos, facínoras, sem vergonha e sem caráter!
Precisamos com urgência dar uma reviravolta no país. A qualidade dos nossos políticos e da nossa democracia está cada dia mais aquém das necessidades nacionais. E esses fatores comprometem sobremaneira as políticas públicas e normas jurídicas dos três níveis da federação, e por fim a qualidade de vida dos brasileiros que vem decrescendo de maneira assustadora.
Eleitores, fiquemos atentos a quem merecerá nosso voto. Diga não a infantilização e sim a adultização dos candidatos. Importante não apenas seu voto, mas contribua ao debate junto a familiares, amigos e colegas de trabalho. Mas, por suposto, em total respeito a diferenças e pontos de vista distintos nos aspectos ideológicos e programáticos.
Não seja maniqueísta. Existe infantilização e adultização tanto na esquerda, como no centro e na direita. Não é a posição ideológica que posiciona a pessoa nesses campos. Em uma democracia é importante a convivência política e parlamentar de diferentes matizes ideológicas. O que não dá mais é a predominância da infantilização política, que deve ser banida para o bem do país.
Se os impactos da adultização nas crianças, conforme a Fundação Abrinq, “podem desenvolver problemas emocionais e psicológicos, como ansiedade e depressão”, a infantilização dos políticos causa pobreza, desigualdade, violência, corrupção, uma sociedade doente de uma maneira geral.
Assim sendo, e por fim, nas eleições 2026, foco na adultização dos candidatos!