Doutor em Direito pela UFMG e Analista Político

PT e PL sem candidatos ao governo de Minas?

Publicado em 18/07/2025 às 06:00.

As eleições para governador do Estado em 2026 podem ter um fato interessante. Fortes possibilidades dos dois maiores partidos do país não terem nomes na cabeça de chapa.

O PL tem a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 95 parlamentares, seguido pelo PT, com 68 deputados federais. E, por suposto, quanto ao fundo partidário os dois partidos ocupam os primeiros lugares. Apenas em 2025 a quota-parte do PL é de R$ 194 milhões e a do PT, de R$ 153 milhões. 

Não obstante isso, o cenário eleitoral em Minas neste momento não coloca estes gigantes partidários com interesse estratégico e nem potencial de nomes competitivos para a conquista do governo do Estado. No PL, o projeto para o deputado Nikolas é a reeleição como federal.

Isso não quer dizer que estarão alheios à disputa. Muito pelo contrário. Terão papéis fundamentais nas articulações de alianças e composições, que envolvem não só a chapa ao Executivo como para as duas vagas ao Senado, e, o mais importante, palanques aos respectivos candidatos à Presidência da República.

Assim sendo, com poucas chances de errar, o próximo governador de Minas que exercerá o mandato de 2027-2030 estará em uma dessas legendas: Novo, Republicanos, PSD, federação União Brasil – PP ou MDB. Cada um destes partidos tem suas forças e fragilidades, em destaque para o Novo, que tem como principais forças a máquina do governo a seu favor e ter um pré candidato que atua diretamente e conhece como poucos as políticas públicas em execução.

 Mas como fragilidades principais ser um partido com baixa capilaridade e presença em âmbito estadual, e o mais relevante, estar enfrentando grandes dificuldades em tornar Mateus Simões viável eleitoralmente, não obstante a máquina atuando a seu favor com ações, entregas, agendas e material para redes sociais. 

Alguns poderão dizer que ainda é cedo para tal. Por um lado faz sentido esta constatação. Mas, por outro, com algumas conversas junto a parlamentares, prefeitos e segmentos do setor produtivo, percebe-se pouca motivação e sinergia com a candidatura do atual vice-governador. O que mais se ouve é: “Não empolga”. E um ponto a resolver é a definição do perfil de sua candidatura, pois uma hora se apresenta como centro-direita, noutra aparece abraçado com Bolsonaro.

Por suposto as definições do tabuleiro eleitoral em Minas não serão gestadas por aqui. Virão de Brasília, embasadas por pesquisas, articulações, concessões e definições dos caciques partidários. 

E os seguintes nomes poderão ser alçados como candidatos ao governo de MG, explicitados pelas fumaças brancas das cúpulas do PSD – senador Rodrigo Pacheco, que pode mudar de partido ou até mesmo não ser candidato por uma vaga no STF, pela aposentadoria antecipada do Ministro Barroso que almeja uma embaixada em algum país do velho continente - ou o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira; pelo MDB, o deputado e presidente da ALMG Tadeu Leite; pelo Republicanos, o senador Cleitinho e pela federação União Brasil – PP que não tem nome pré-colocado, mas pode abrigar Rodrigo Pacheco. 

Já quanto ao ex-procurador Geral de Justiça Jarbas Soares, citado nos bastidores da política como uma viável candidatura da terceira via, até o momento não tem filiação partidária por ser membro do MP, cenário que pode mudar nos próximos 60 dias.

Aguardemos as próximas movimentações do mundo político em MG e no Brasil!

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