Doutor em Direito pela UFMG e Analista Político

Saudade do “decolagem autorizada”. Você também?

12/02/2021 às 19:44.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:10

Para os amantes de viagens, de conhecer novas paisagens, novas culturas, diferentes costumes, novos sabores, estamos todos deveras impactados por uma específica consequência da Covid, a impossibilidade de desbravar novos ares, cidades, países, continentes, como testemunhas ocular das obras de Deus, tanto das naturais quanto das produzidas pelos humanos.

A título de descontração e informação, são mais impactados aqueles adeptos da ecdemomania, que nada mais é que um impulso ou obsessão por viajar e passear. Independente se preferem praias a cachoeiras, campo a grandes metrópoles, museus e patrimônio cultural a parques temáticos, todos fomos afetados.

Por suposto congregam as viagens positivamente de forma sinérgica para as pessoas em seu aspecto individual e como fonte deveras importante para a economia dos países, gerando milhares de empregos e renda.

Diante do exposto dá para imaginar os efeitos da pandemia para o setor. Segundo estudos e análises da Confederação Nacional do Comércio, de março de 2020 a janeiro de 2021, o turismo brasileiro perdeu mais de R$ 274 bilhões. Em Minas Gerais as perdas apuradas pelo setor no mesmo período foram de R$22,69 bilhões. De acordo com o último Barômetro Mundial do Turismo da OMT, os efeitos para o setor representam uma perda estimada de US$ 1,3 trilhão em receitas.

Reflexões interessantes no portal do Fórum Econômico Mundial acerca da temática, especificamente em uma matéria intitulada “As vacinas podem em breve permitir que as viagens internacionais decolem novamente. Mas vai voltar ao normal?”

Segundo o texto, “os destinos que dependem de turistas internacionais foram os mais atingidos. Muitos estão em países em desenvolvimento, onde o turismo é uma grande fonte de receita. Por exemplo, de acordo com o Banco Mundial, o turismo representa quase 15% do PIB da Tailândia”. 

Com as fronteiras fechadas, muitos países se concentraram em atrair turistas domésticos, o que segundo a matéria, ajudou a manter a estabilidade econômica em países como China e Japão.

O ponto nuclear para uma recuperação rápida das viagens internacionais estão agora presas ao que a matéria chama de bala de prata: a distribuição rápida ampla e efetiva das vacinas.

Em relação às companhias áreas, a International Air Transport Association espera que o setor de aviação não alcance os níveis pré-pandêmicos novamente até pelo menos 2024. Um enorme desafio, segundo a mesma entidade, será o restabelecimento das rotas aéreas pelas cias e garantir sua viabilidade contínua. E posterior a isso, dispoe a matéria, “os viajantes terão que suportar conexões menos frequentes, viagens mais longas e escalas prolongadas”.

Minas Gerais e Brasil, avancemos e preparemo-nos, pois fato é que os destinos estarão desesperados por uma recuperação econômica e competirão vigorosamente pelos dólares e euros do turismo quando as fronteiras forem reabertas.

  

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