Em mundo atual cada vez mais competitivo, em que muitas das vezes prepondera o egoísmo, o individualismo, o desenfreado acúmulo de riqueza, impõe pararmos e refletirmos acerca desse tema.
Como não atestar o pensamento e ações de muitas da fatídica Lei de Gerson - expressão popular no Brasil que descreve a atitude de levar vantagem em tudo, mesmo que isso signifique agir de forma desonesta ou antiética. A origem da expressão remonta a uma campanha publicitária de 1976 da marca de cigarros Vila Rica, onde o jogador de futebol Gérson, campeão do mundo em 1970, afirmava que "gostava de levar vantagem em tudo".
Nesse diapasão, imperativo a leitura de resumo do artigo do presidente e fundador da "Integrity Resource Center" e consultor empresarial, Rick Boxx.
“Negociações empresariais estão repletas de oportunidades para se transformarem em experiências estressantes. A fim de ajudar a diminuir essa tensão, aprendi cinco princípios que norteiam a melhor maneira de negociar acordos.
O primeiro princípio é: Definir com clareza o resultado desejado da transação. Um dia, líderes religiosos perguntaram a Jesus quais eram os maiores mandamentos. Jesus respondeu: “ Ame o seu próximo como a si mesmo...” (Marcos 12:31). Pesquisar e conhecer qual o resultado justo para si mesmo é uma maneira de amar a si mesmo, para que você possa também amar os outros da mesma forma.
O segundo princípio é: Evite negociar com aqueles em quem você não confia. Um dos meus antigos clientes bancários era representado por um diretor financeiro muito manipulador. Aquele CFO usava seus outros relacionamentos bancários para nos pressionar para conceder-lhe um melhor acordo. Nós concordamos em oferecer-lhe melhores cotações até que eu percebi que ele estava mentindo para mim. Quando me dei conta de que não poderia confiar nele, recusei-me a continuar negociando nossos termos. Se dependesse de mim, eu teria encerrado o nosso relacionamento.
Provérbios 12:22 ensina: “O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade”. Se você não pode confiar em uma pessoa, qualquer acordo provavelmente se tornará sem valor mais tarde.
O terceiro princípio é: Entenda as necessidades e preocupações da outra parte. Provérbios 3:13 ensina: “Como é feliz o homem que acha a sabedoria, o homem que obtém entendimento”. Obtendo entendimento e conhecimento das necessidades da outra parte, você provavelmente obterá um resultado favorável.
O quarto princípio é: Sempre trabalhe no sentido de um acordo do tipo “ganha/ganha” - mutuamente benéfico para ambas as partes.
Stan era um cliente bancário que acreditava ter sempre que ganhar em todos os pontos de todas as negociações, fazendo do banco o perdedor e de sua empresa, a vencedora.
Stan ganhou batalhas ocasionais, o que não era um bom presságio para um relacionamento longo e frutífero. Eu comecei a ficar apreensivo quanto às negociações com Stan. Devido à frustração, eu não era tão generoso quanto poderia ser. Em Filipenses 2:3-4 o apóstolo Paulo escreveu: “...humildemente, considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros”. Deus prefere que concentremos o foco sobre soluções do tipo “ganha/ganha” e não ignoremos as necessidades da outra parte.
O princípio final é: Tenda a ser generoso. Na história bíblica de José, o Egito passou por sete anos de fome. Para poderem comprar comida, todos os egípcios venderam suas terras para o faraó. O rei egípcio, porém, necessitava deles para cultivar a terra. José, então, elaborou um acordo “ganha/ganha” de divisão das colheitas.
Em Gênesis 47:24 vemos que José disse aos egípcios: “Mas vocês darão a quinta parte das suas colheitas ao faraó. Os outros quatro quintos ficarão para vocês como sementes para os campos e como alimento para vocês, seus filhos e os que vivem em suas casas”.
Requisitando apenas um quinto para o faraó, José recebeu o favor dos egípcios e lhes proporcionou a oportunidade de criar riqueza tanto para si mesmos quanto para o faraó”.