Uma das empresas de Elon Musk é a Starlink. Em sua recém-lançada biografia, detalhes acerca da motivação da sua criação e suas principais atividades são descritas de forma objetiva e bem interessante.
“Quando lançou a SpaceX (indústria de sistemas aeroespaciais e transporte espacial) em 2002, Musk concebeu a empresa como um esforço para levar a humanidade a Marte. Toda semana, em meio a todas as reuniões técnicas sobre motores e design de foguetes, ele fazia uma reunião Esotérica chamada “Colonizador de Marte”.
Como essa suposta colonização custaria muito dinheiro, Musk precisava de um plano de negócios para sua efetivação. “No fim de 2014, ele voltou a atenção para uma mina de ouro muito maior: oferecer serviço de internet para consumidores pagantes. A SpaceX faria e lançaria satélites de comunicação próprios, na prática reconstruindo a internet no espaço sideral. “A receita da internet é de cerca de 1 trilhão de dólares por ano”, diz Musk. “Se pudermos atender a 3% disso, serão 30 bilhões de dólares”.
A estratégia seguida de planejamento era “enviar satélites para a baixa órbita terrestre, a mais ou menos 550 quilômetros de altitude, para que a latência dos sinais não fosse tão ruim quanto a dos sistemas que dependiam de satélites geoestacionários, que orbitam a 36 mil quilômetros acima da Terra”.
Atualmente, mais de 4,5 mil satélites Starlink estão em órbita, representando mais de 50% de todos os satélites ativos. Os planos de Musk é ter até 42 mil satélites em órbita nos próximos anos.
E parte desses satélites estão sendo utilizados pela Ucrânia na guerra com a Rússia, conforme detalhamento em sua biografia. “Uma hora antes de iniciar a invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia lançou um ataque gigantesco para impedir o funcionamento dos roteadores da empresa norte-americana de satélites Viasat, que fornecia serviços de comunicação e internet para o país. O sistema de comando das Forças Armadas ucranianas ficou prejudicado, o que praticamente impossibilitou a organização de uma defesa. De modo frenético, altos oficiais ucranianos pediram ajuda a Musk”.
“Ao contrário de empresas e de setores das Forças Armadas norte-americanas, eles conseguiram encontrar modos de derrotar o bloqueio de comunicações imposto pela Rússia. Kits da Starlink também estavam sendo usados para conectar as Forças Armadas ucranianas com o Comando de Operações Especiais Conjuntas dos Estados Unidos e retomar as transmissões televisivas no país. Em questão de dias, mais 6 mil terminais e antenas foram enviados, e em julho havia 15 mil terminais da Starlink operando na Ucrânia”.
Em uma outra frente de uso da tecnologia e dos satélites de Musk, bem mais nobre é quando se dá em prol da educação da população. Conforme matéria do Estadão, “A Starlink, de Elon Musk, é a única empresa capaz de atender os requisitos exigidos para levar internet por satélite a até 40 mil das 138 mil escolas públicas que o governo pretende conectar até 2026. Essa condição foi criada em agosto, quando uma portaria do Ministério da Educação estipulou em 50 megabits por segundo a velocidade mínima de conexão para os colégios”.
Entretanto, vejam isso. Após o Ministro da Educação Camilo Santana ter sido criticado nas redes sociais por grupos de esquerda e de apoiadores do presidente Lula pelo teor da portaria que dispunha da velocidade mínima de conexão, a mesma foi suspensa, conforme postagem sua no X (ex Twitter): “Determinei a suspensão imediata dos dispositivos da Portaria nº 33, de 7 de agosto de 2023, da Secretaria de Educação Básica, referentes aos critérios técnicos de velocidade, para fins de reavaliação dos seus termos”.
Pobre país em que ultrapassadas concepções ideológicas sobrepõem reais e emergentes necessidades da população brasileira. Não há como avançar assim!