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Doutor em Direito pela UFMG e Analista Político

Xadrez eleitoral: Tarcísio candidato a presidente e Pacheco fora da disputa em Minas

Publicado em 21/11/2025 às 06:00.

As complexas e estratégicas decisões da política tiveram duas mexidas no tabuleiro recentemente. Não que sejam definitivas, mas consistentes e direcionadoras do processo em geral.

Não obstante o tempo conforme legislação ser posterior, seja desincompatibilização ou renúncia em abril e convenções partidárias só em julho e agosto, importantes decisões políticas estão avançando. Nas próximas semanas fatos importantes serão norteadores para os processos eleitorais, tanto nacional como em MG.

O primeiro em relação à iminente prisão de Bolsonaro e as visitas autorizadas a ele pela Justiça, tanto do governador de Goiás Caiado, como do governador de SP Tarcísio e ainda do deputado federal Nikolas. Grande perspectiva de esse ano ainda Bolsonaro indicar um nome do campo da direita como seu candidato a presidente. Nesse diapasão, Tarcísio desponta como favorito pelo apoio majoritário de lideranças do Centrão e também por figuras destacadas do PIB do país. Entrevistas dadas por ele e postagens recentes mais que sinalizam, explicitam que realmente será candidato a presidente. Resta saber o que farão Caiado, Zema e Ratinho Jr.

 O esperado anúncio indubitavelmente terá grande impacto nos arranjos eleitorais para Presidência, para o Governo de Minas e dos demais estados.

Um segundo fato recente tem um grande impacto na eleição para governador de Minas. Considerado pelo presidente Lula e lideranças da esquerda como o melhor nome para disputa ao Executivo estadual, Rodrigo Pacheco jogou um balde de água fria nos “companheiros” ao dizer um rotundo não, após ser desprezado por Lula na indicação da vaga aberta no STF. 

Sendo mínima a chance de voltar atrás, o PT corre para decidir um palanque para Lula no segundo colégio eleitoral do país. Três opções na mesa: convencer a prefeita de Contagem Marília Campos é a principal, seguido de compor com Kalil do PDT ou lançar como candidato ao governo o ministro das Comunicações Alexandre Silveira, que teria que sair do PSD de Mateus Simões para migrar para outro partido, talvez o PSB.

Independentemente da decisão percebe-se que o cenário para o governo de Minas está totalmente aberto. Sejam nos campos da esquerda ou da direita não há um nome que empolgue seu segmento ideológico e consiga forte convergência e engajamento em seu entorno.

Merece dispor a manifestação favorável dos eleitores mineiros em pesquisas qualitativas por uma candidatura que saia da polarização e dos extremos ideológicos. Assim sendo, há espaço para entrar forte na disputa um nome ainda não citado nem auto declarado pré candidato.

Eleição não é ciência exata. O humor da população muda com constância. Número de prefeitos, de deputados, tempo na propaganda eleitoral e vultosos recursos ajudam um candidato ao governo, mas está longe de ser definitivo. Exemplos não faltam em Minas Gerais!

Por fim, peças importantes serão mexidas nas próximas semanas, mas o tabuleiro definitivo tanto na eleição para presidente como nas eleições em Minas, só em 2026! E após o carnaval, seguramente!

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