De um ano para cá, minhas ações em busca de melhorias para o transporte público se intensificaram devido à quantidade de denúncias que temos recebido por parte da população com relação ao péssimo serviço prestado pelas empresas de ônibus, as constantes tentativas de aumento no preço das passagens e a falta de diálogo com os permissionários dos ônibus suplementares.

Você deve ter acompanhado na imprensa ou nas minhas redes sociais bastantes informações sobre o assunto nos últimos dias e hoje quero trazer um resumo, um relatório para você, cidadão, entender o que aconteceu e o que conseguimos conquistar para nossa cidade.

Em 2023 entrei em constante negociação com a prefeitura e no dia 22/05, em reunião do Colégio de Líderes da Câmara Municipal, eu e o Presidente da Câmara, vereador Gabriel apresentamos aos líderes de blocos e bancadas o contexto do substitutivo proposto por ele ao Projeto de Lei 538/2023, que dispõe sobre o subsídio ao transporte coletivo.

Por unanimidade, as lideranças defenderam o retorno da tarifa de ônibus para R$ 4,50, valorizando também um esforço coletivo de todos os vereadores para que as economias da Câmara Municipal ajudem nesse objetivo. Com a concordância dos colegas, asseguramos que a Câmara também não aceitaria a tarifa de R$ 5, que chegou a ser considerada nas últimas negociações, e que o valor de R$ 4,50 é inegociável.

Na quinta-feira, 25/05, o prefeito Fuad Noman anunciou o acordo feito com a Câmara, para a aprovação do projeto lei 538/23 – em tramitação no Legislativo desde 21 de março –, que estabelece um subsídio para as concessionárias do transporte público. Assim que o texto virar lei, o valor da passagem de ônibus em Belo Horizonte será reduzido para R$ 4,50.

O acordo prevê avanços para o transporte suplementar, o que é uma grande vitória do nosso mandato, pois os suplementares antes não eram contemplados pelos subsídios e nem se assentavam para dialogar com a PBH.  As linhas que percorrem vilas e favelas continuarão gratuitas – até então era cobrada uma passagem de R$ 1. O PL estabelece ainda o passe livre estudantil integral e passe livre aos doentes que estejam em tratamento de câncer.

Na última terça, 30/05, discutimos em reunião da CLJ o impacto das passagens no bolso dos belo-horizontinos. Agora que chegamos a um acordo com a prefeitura, o PL será votado em breve.

Política é a arte do possível e esse foi o que conseguimos. Sigo dizendo que devemos ter outra licitação e que a situação atual é culpa da incompetência dos antigos governantes. 

Seguirei acompanhando!