Irlan MeloAdvogado, teólogo, professor universitário e vereador de BH eleito para seu segundo mandato como o 8° vereador mais votado de BH

Coragem para cuidar do Anel Rodoviário

Publicado em 30/10/2023 às 06:00.

O Anel Rodoviário de BH começou a ser construído no fim da década de 1950 e foi inaugurado em 1963 para desviar o tráfego de carga que crescia e passava pela área central da cidade. Atualmente, é um dos corredores de trânsito urbano mais movimentados da capital mineira, recebendo diariamente algo em torno de 130 mil veículos. 

Seu papel tornou-se essencial não só para os veículos de carga, mas também para o cotidiano dos cidadãos moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, cortando algumas das principais vias da região e ligando bairros e cidades adjacentes. A via se tornou uma grande avenida que corta o município em seus 27 quilômetros de extensão. 

Com isso, vieram as grandes tragédias. Você certamente já ouviu várias notícias sobre acidentes no Anel e quando passa pela rodovia, principalmente na altura do bairro Betânia, dá aquele frio na barriga. E não é para menos. Para mim, esses acidentes sempre foram mais do que notícias ou meras estatísticas. Eram histórias de pessoas reais, gente do meu bairro. 

Corredor com o maior tráfego de veículos de Belo Horizonte e palco de tragédias que marcaram a memória dos mineiros, o Anel Rodoviário lidera as estatísticas de acidentes de trânsito em toda Minas Gerais. Somente de 2014 a 2018, mais de 4 mil ocorrências foram registradas na via, segundo levantamentos da BHTrans.

Muita negligência e falta de investimentos. É inacreditável o desinteresse da classe política para resolver os problemas do cidadão. Nenhum político teve a coragem necessária de implementar soluções e investir no local. Desde a inauguração, há 60 anos, o Anel nunca havia recebido nenhuma obra de melhoria considerável. 

Uma coisa que faltava era a área de escape. Elas são uma realidade em estradas mundo afora para evitar acidentes graves. E era inaceitável que não tivéssemos algo assim aqui em BH. Quando comecei a defender essa área para o Anel Rodoviário, houve quem até achasse engraçado que um vereador se metesse nesse assunto. Mas deu certo. Fui a Brasília, conversei com ministro, conversei com o DNIT, conversei que aceitou assumir e iniciar a obra.

Finalmente a Prefeitura anunciou um pacote de obras em oito pontos do Anel Rodoviário com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-3). A Prefeitura de Belo Horizonte ficará responsável pela elaboração dos projetos e execução das obras, que incluem a construção ou alargamento de viadutos já existentes, alças viárias, passarelas e construção de mais duas áreas de escape na descida do Betânia. O investimento estimado é de R$ 1,5 bilhão, com recursos do governo federal.

Para mim é um orgulho fazer parte disso. É realmente muito bom ver que a nossa área de escape vem salvando vidas num lugar que sempre foi conhecido pelas mortes trágicas. Sigo trabalhando e irei acompanhar de perto a implementação de todas as obras para que finalmente tenhamos mais segurança no Anel Rodoviário.

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