O transporte público em BH é um caos. Não possuímos um metrô decente e o pouco que temos tem poucas linhas, preço altíssimo e vive em greve. Sobre os ônibus, desde que me entendo por gente os problemas são os mesmos: poucos veículos que circulam em péssimas condições, demora, superlotação e passagem cara.

Na câmara municipal, eu e alguns colegas vereadores temos pegado firme cobrando melhorias, fiscalizando a prefeitura e as empresas que prestam o serviço, sugerindo mudanças e criando leis para que o transporte público deixe de ser mais uma vergonha para os belo-horizontinos.

Fui coautor, em 2022, do Projeto de Lei 392/2022, que prevê adoção de veículos elétricos até 2028, incluindo transporte coletivo, táxi e veículos à disposição de órgãos e agentes públicos. A intenção da proposta é adequar Belo Horizonte à nova realidade mundial de combate ao aquecimento global e emissão de gases poluentes. Isso também vai significar a renovação total da frota em cinco anos. Em 2º turno, o projeto passou pela Comissão de Legislação e Justiça recentemente e em breve creio que será aprovado na Câmara e seguirá para a sanção do prefeito.

Também sou coautor do Projeto de Lei 442/2022, que altera a forma de remuneração das concessionárias do transporte coletivo por ônibus em Belo Horizonte, passando a pagar as empresas por quilômetro rodado em lugar do número de passageiros transportados.

A proposta tornará mais “interessante” para as empresas de ônibus disponibilizar um número maior de veículos para as linhas de ônibus uma vez que serão pagas pela quantidade rodada, em vez de amontoar pessoas em um único veículo como é feito atualmente já que são pagas pelo número de passageiros. O texto faz parte de um pacote de medidas que estão sendo adotadas pela CMBH para modernizar o transporte de passageiros na cidade.

Uma outra inovação é o fim da cobrança em espécie nos ônibus coletivos da cidade que pode ser uma realidade em breve. Com a aprovação em 2º turno, na última segunda-feira (13/3), do substitutivo-emenda ao Projeto de Lei 446/2022, do qual sou coautor, a cobrança da passagem será realizada por “meios de pagamento por aproximação”. A medida vai trazer mais agilidade e segurança para passageiros e motoristas.

A Câmara de BH vem, principalmente nos últimos meses, investindo fortemente no debate sobre transporte público na cidade. Além de inserir o assunto na ordem do dia das mesas de conversas e da mídia em geral, estamos colocando em votação diversas propostas no sentido de melhorar a vida do cidadão que usa ônibus na cidade.

Sigo recebendo denúncias dos cidadãos, sugerindo projetos e ações para melhorar o transporte público na nossa cidade. Estou de olho na prefeitura e farei marcação cerrada junto as empresas de ônibus para que o nosso imposto seja revertido em serviços dignos.

*Advogado, teólogo, professor universitário e vereador de BH eleito para seu segundo mandato como o 8° vereador mais votado de BH