Desde pequeno, o Anel Rodoviário de Belo Horizonte sempre fez parte da minha vida. Eu tinha apenas seis anos quando comecei a ouvir as sirenes e ver, de perto, as tragédias que se repetiam naquele trecho tão importante e, ao mesmo tempo, tão perigoso da nossa cidade. Cresci com a memória viva dos acidentes, muitos fatais, que marcaram famílias e escancararam a omissão de governos com a segurança viária. Talvez por isso essa pauta nunca tenha sido apenas política para mim. É pessoal.
Ao longo do meu mandato como vereador, transformei essa indignação em ação. Idealizei a Área de Escape do Anel, uma conquista que já evitou pelo menos 16 graves acidentes. E sigo lutando com firmeza por novas áreas de escape, pelo alargamento de trechos críticos e, agora, pela concretização de mais um objetivo: a municipalização do Anel Rodoviário.
A PBH vai receber R$ 63 milhões do governo federal, por meio do PAC-3, para investir em intervenções fundamentais, como as alças de acesso na Avenida Juscelino Kubitschek, a construção de um novo viaduto na interseção com a Avenida Cícero Idelfonso e o alargamento de estruturas entre os KMs 533 e 534. Com isso, vamos melhorar a fluidez do tráfego, reduzir os congestionamentos quilométricos e, acima de tudo, salvar vidas.
Não se trata de disputa política, mas de compromisso com o que realmente importa. A mobilização da sociedade e a coragem administrativa foram determinantes para avançarmos. A criação de uma diretoria específica para o Anel dentro da nova Secretaria Municipal de Mobilidade mostra que estamos, finalmente, levando o problema a sério.
Ainda há um longo caminho pela frente. A fila de tragédias no Anel Rodoviário não pode continuar crescendo por culpa da burocracia ou do descaso. Eu seguirei, como sempre fiz, atento, presente e incansável. Porque quem viu a dor de perto na infância, sabe que cada segundo faz diferença na luta por uma cidade mais segura e humana. E se depender de mim, essa história terá um novo capítulo: o da vida que continua.