Uma das coisas mais importantes na política é nunca renunciar às nossas convicções e valores. A outra é saber dialogar e conviver com quem pensa diferente. Parece contraditório, mas não é! Essa é uma lição que eu aprendi com meus pais, muito antes de me candidatar, e que levo comigo até hoje.
Vivemos um momento conturbado em nosso país. Estamos longe de apaziguar as diferenças pela falta de disposição ao diálogo. Quando penso nisso, lembro-me nitidamente das “semanas de conciliação” do judiciário brasileiro, onde as partes têm a oportunidade de alcançar a pacificação por meio do acordo e harmonizar seus conflitos através da conversa, convergindo suas diferenças para a acomodação e resolução do problema. Mas será possível isso ocorrer em nosso país?
Intolerância é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões. Num sentido político e social, intolerância é a ausência de disposição para aceitar pessoas com pontos de vista diferentes.
Quando há conciliação, não existem vencedores nem perdedores. São as partes que constroem a solução para os próprios problemas, tornando-se responsáveis pelos compromissos que assumem, resgatando, tanto quanto possível, a capacidade de relacionamento.
O que tenho acompanhado nesses cinco anos em que estou envolvido na política é que muitos políticos brasileiros têm pouca disposição para o diálogo. Pouca vontade de renunciar a suas convicções ideológicas para trabalhar numa frente de Estado, de coisa pública, de interesse coletivo.
Não é fácil a convivência e o mais prejudicado são os cidadãos que ficam reféns de disputas, likes e, em meio a uma guerra de narrativas, perecem nas filas de hospitais, morrem antes de realizarem procedimentos, não conseguem matricular seus filhos em escolas e quando conseguem, recebem um ensino de péssima qualidade.
O político em sua essência precisa trabalhar para o bem-estar do povo, não visar seus interesses. Buscar a justiça e a verdade e estar disposto até mesmo a abrir mão de seu interesse pessoal em prol do coletivo. Isso é óbvio, mas infelizmente ainda muito distante. Mas nós que detemos o poder de voto podemos fazer diferente esse ano. Por isso, busque, pesquise e acompanhe aqueles que você votou ou votará esse ano.