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José Roberto LimaJosé Roberto Lima é advogado, delegado federal aposentado, mestre em Educação, professor da Faculdade Promove e autor de “Como Passei em 16 Concursos”

A mulher nos concursos

Publicado em 09/03/2022 às 06:00.

O dia 8 de março, dedicado às mulheres, não poderia passar em branco nesta coluna. É por isso que, antecipando a data, escrevi na semana passada o artigo “Mulher, Ucrânia e concurso da diplomacia”. E, como dito naquele texto, está faltando a presença feminina nas reuniões da ONU.

Setores da imprensa especializada ressentem-se pela ausência de uma mulher em particular: a ex-chanceler Angela Merkel. De fato, enquanto ela estava à frente das negociações, usando do seu carisma, as desavenças entre russos e ucranianos eram contornadas.

Então, não poderia haver momento mais adequado para a realização do concurso para a carreira diplomática. Serão 34 vagas disputadas igualmente entre homens e mulheres. Mas, assim como ocorre em vários concursos, torço para que as mulheres superem a estatística dos homens.

Com exceção dos cargos tradicionalmente buscados por homens, como é o caso das carreiras policiais, as mulheres formam a maioria dos candidatos. Mas, mesmo para os cargos policiais, a participação feminina vem crescendo a cada novo concurso. E daí surgem excelentes delegadas, escrivãs, investigadoras, peritas, etc.

Então, é chegada a hora de o Brasil ter, nos assentos da ONU, a nossa versão “Angela Merkel”. Quem sabe será você – leitora – que conseguirá o que os homens não estão conseguindo: promover a paz entre russos e ucranianos.

Voltando ao tema dos concursos em geral, a mulher não é apenas a maioria dos candidatos. Os números indicam que uma em cada duas candidatas consegue a aprovação almejada. Porque a mulher estuda com mais afinco.

Para muitas delas, passar num concurso representa várias formas de libertação. Pode ser a libertação do cônjuge opressor, a libertação financeira, a libertação de vencer pelo próprio mérito.

Além disso, muito se fala sobre a estatística de ingresso no serviço público. Mas são raras as fontes sobre o número de pessoas que são demitidas, sobretudo quanto à distribuição dos dados em função do gênero. Mas, com a vivência de 10 anos na Corregedoria da PF, posso atestar que a mulher raramente é demitida. Porque, por esmagadora maioria, ela é proba e competente.

Só a mulher conhece as superações que enfrentou, numa sociedade ainda machista. Então, uma vez aprovada, ela se transforma numa excelente profissional. A mulher, entre tantas virtudes, tem mais essa: é dedicada ao serviço. É por isso que, desde 2015, venho prestando essas homenagens.

A todos eu desejo bons estudos.

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