A Netflix vem anunciando uma série que promete ser um grande sucesso: a biografia de Roberto Gómez Bolaños. Ele foi, por assim dizer, o Charlie Chaplin do México.
A comparação diz respeito à capacidade de nos fazer rir e, em alguns casos, chorar. E assim como Charlie Chaplin se confunde com o personagem Carlitos, o eterno vagabundo, Roberto Bolaños também se confunde com Chaves, o garoto órfão que faz sucesso há várias décadas.
Aliás, ele era literalmente pequeno. Tanto que desistiu de ser atleta de futebol por causa da baixa estatura. Mas manteve a admiração pelo Rei Pelé e pela nossa Seleção Canarinho.
Ele tinha outros motivos para desistir. Foi assim, por exemplo, no curso de Engenharia Mecânica, que ele abandonou. Preferiu escrever roteiros para o rádio e televisão. Foi esse o início do grande legado que nos encanta até hoje.
Em 1958, o diretor do filme “Los legionários” ficou impressionado com o roteiro de Roberto Bolaños. E o apelidou de “Chesperito” (adaptação em Espanhol para o diminutivo de Shakespeare). Em 1970 ele criou o personagem Chapolin. Dois anos após, foi a vez do seu maior sucesso em mais de cinquenta países: Chaves e sua turma.
Em 2013 foi condecorado com o prêmio “Ondas”, pela trajetória destacada na televisão mundial. No Brasil ele chegou a ser comparado ao Chico Anísio e ao trapalhão Renato Aragão, que assim se manifestou: “Eu era viciado em Chaves. Achava ele um gênio” (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/El_Chavo_del_Ocho).
Veja aonde se pode chegar quando superamos os obstáculos. Roberto Bolaños poderia dar a si mesmo uma desculpa para fracassar. Por exemplo, e apenas para citar um dos bordões dele: se você se queixa dizendo “ninguém tem paciência comigo”, busque forças em si mesmo e seja paciente consigo mesmo.
Enfim, caro leitor, tomara que esse texto seja a centelha de motivação lhe falta para acreditar em si mesmo. E que a sua trajetória de sucesso inclua os estudos.
Então, eu te desejo bons estudos.
*José Roberto Lima é advogado, delegado federal aposentado, mestre em Educação, professor da Faculdade Promove e autor de “Como Passei em 16 Concursos”. Escreve nesse espaço às quartas-feiras.