São muitas as desculpas para não estudar. E, como prometido há duas semanas, veja a terceira coletânea delas. Se você não leu os artigos anteriores, ou gostaria de ler novamente, as publicações são dos dias 1º e 8 deste mês de junho.

Já falamos da desculpa de não estudar para concurso, só por estarmos em ano eleitoral. Essa não cola. A eleição só impede duas coisas:

1) a divulgação final da lista de aprovados; 
2) a nomeação.

Mesmo assim, não é durante o ano inteiro. Abrange apenas os 3 meses antes e os 3 meses depois das eleições.

Também falamos de desculpas do tipo “quem estuda é meio louco”, ou “estudar é coisa de rico”, ou “não tenho temo para estudar”.

Todas elas foram rebatidas nos artigos anteriores. Então, vamos falar de outras desculpas (inéditas nessa coluna, mas manjadas para quem quer um motivo para não estudar).

1. Mas a escola preparatória fica distante da minha casa:

Ora, você deixa de acessar as redes sociais e os jogos eletrônicos porque a operadora fica longe da sua casa? Essa desculpa não cola mesmo. Afinal, a era digital trouxe as aulas on-line.

2. Mas eu não me adaptei ao ensino a distância:

Uai! Se você não se adaptou como aluno, nós, professores, também enfrentamos dificuldades. Estamos com uma saudade danada das aulas presenciais. Mas temos que nos reinventar diariamente para não desistirmos dos nossos alunos.

3. Mas o material didático que comprei não presta. Joguei fora.
Servirá de consolo saber que há moradores de rua que encontraram livros e apostilas no lixo? Muitas pessoas montam verdadeiras bibliotecas com esses materiais descartados. Cuidado com essa desculpa, porque uma das apostilas que você jogou fora pode ser a que ajudou na aprovação de um morador de rua.

4. Mas... mas... mas...

Cuidado com esses “mas... mas... mas...”. Porque esse já é o terceiro artigo que escrevo sobre esse tema. E você pode acabar retornando às desculpas que já refutamos.

De fato, muitas desculpas são manjadas, justamente porque elas voltam e se repetem. Não é por acaso que complementei o título deste artigo com a expressão “o retorno”. Não foi apenas para assemelhar com a linguagem cinematográfica. Foi também para dizer que, dependendo da sua desculpa, eu te direi: isso é um retorno.

Releia os artigos anteriores. E chega de desculpas.

A todos desejo bons estudos.