José Roberto LimaAdvogado, professor e palestrante, com a experiência de quem foi aprovado em 15 concursos públicos.

No futebol há candidatos e favoritos

Publicado em 21/05/2025 às 06:00.

José Roberto Lima*


Já perdi a conta dos artigos que escrevi, fazendo analogia entre futebol e concursos. Isso vale também para o Enem.

E não é por acaso que o futebol virou o mais universal dos esportes. Porque ele nos propicia lições de abnegação, de empenho e de disciplina de quem quer se tornar um verdadeiro vencedor. É assim no esporte, nos estudos, na vida de um modo geral.

E eis que, enquanto eu enfrentava um congestionamento no trânsito, ouvi um comentarista esportivo fazendo a distinção entre os times candidatos e os favoritos ao título num campeonato. “Candidatos são todos os que entram na disputa” – disse o jornalista. E prosseguiu: “Favoritos são os que brilham com vitórias convincentes”.

De fato, nas primeiras rodadas, já podemos visualizar os favoritos. Enquanto isso, os simples candidatos, de derrota em derrota, vão ficando para trás na classificação. 

Assim também ocorre nos concursos. A cada lição não estudada corretamente, o candidato... vai ficando como simples candidato mesmo.

Nas rodadas finais do futebol, quando aquele time que parecia campeoníssimo experimenta uma derrota, toda a equipe pode ser tomada pelo desânimo. Nesses momentos, o papel do treinador é reacender a autoestima dos atletas. 

Mas nem sempre isso é possível. Afinal, todos nós conhecemos a trajetória de um clube que, mesmo reconhecido pelos especialistas e torcedores como o melhor, acabou amargando a perda do título. 

Assim também ocorre nos estudos. Aliás, nas escolas preparatórias para o Enem, é conhecida a gíria “síndrome de setembro”: trata-se da tensão de alguns alunos que, com a prova se aproximando no final do ano, caem em desespero. Às vezes, basta a dificuldade na resolução de uma única questão para o aluno ficar abatido.

Alguns até desistem de seguir estudando. E assim vai se consolidando a condição de candidato, enquanto os colegas se tornam, cada vez mais, favoritos.

Enfim, seja no futebol, nos estudos ou na vida, não podemos nos abater diante da primeira dificuldade, nem do primeiro tropeço. Você é capaz de ser aprovado, do mesmo modo que o seu time, ainda que esteja colecionando derrotas, é capaz de reagir e entrar na reta de chegada como favorito.

Para os atletas, o caminho é seguir estudando. E para os alunos, o caminho é seguir treinando. Ops. Não! É o contrário. Ah, tanto faz. Porque o bom mesmo é seguir treinando e estudando. 

Programe-se que dará para fazer as duas coisas. Aliás, esse é o caminho para diversos concursos, em que há prova escrita e performance física. É o caso do concurso da Polícia Federal, que será realizado ainda este ano.

Então, desejo a todos bons estudos e bons treinos físicos.

* Advogado, delegado federal aposentado, mestre em Educação, professor da Faculdade Promove e autor de “Como Passei em 16 Concursos”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.    

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