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José Roberto LimaJosé Roberto Lima é advogado, delegado federal aposentado, mestre em Educação, professor da Faculdade Promove e autor de “Como Passei em 16 Concursos”

Passar em concurso: tem que ser Caxias?

Publicado em 22/04/2017 às 18:48.Atualizado em 15/11/2021 às 14:14.

No próximo dia 25 de Agosto, comemoraremos 211 anos de nascimento do Marechal Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, militar, professor e estadista (1803-1880). Era chamado de “O Pacificador” e, desafiando a concordância de gênero, “O Primeira Espada do Império”. A data do seu aniversário foi escolhida para homenagear a profissão que ele mais gostava: soldado.

O Patrono do Exército Brasileiro sabia valorizar as virtudes do inimigo. Foram muitas as ocasiões em que as tropas vencidas reconheceram o tratamento digno por ele dispensado. Seu grande mérito consistiu em garantir a integridade do nosso território, valendo-se muito mais de habilidades políticas que militares.

Essas habilidades foram decisivas na Guerra do Paraguai. Em carta enviada a Sua Majestade Imperial, destacou o valor das tropas inimigas e do líder delas, Solano Lopes. Quanto às atrocidades ao fim do conflito, delas não participou, pois, fazendo jus ao título de “O pacificador”, sugeriu um acordo de paz e, prevendo que não seria acolhido, pediu demissão.

Decorridos quase dois séculos do conflito, raramente o vemos como alvo de críticas oriundas do país vizinho. Elas geralmente vêm de alguns poucos, entre os do nosso próprio povo (ah, essa mania de não valorizar as pessoas e as coisas da nossa nação...).

Seus exemplos não se esgotam no meio militar. Seu nome serve para adjetivar quem estuda com afinco: “aquele estudante é um caxias” ou “quem quer progredir deve ser caxias nos estudos”. Então, para os concurseiros, ele é uma grande inspiração. A pergunta que fica é esta: para passar num concurso tem que ser caxias?

Num primeiro momento, a resposta parece ser sim. Mas, considerando que essa adjetivação refere-se ao aluno que estuda muito acima da média, a resposta é não. Dispondo de 10 horas diárias para os estudos, use-as. Mas, contando com apenas uma hora, é possível preparar-se para a guerra dos concursos.

Nos estudos, a qualidade é mais importante que a quantidade, tendo por parâmetro 3 atitudes importantes: 1) optar pela escola preparatória, que é o espaço privilegiado da audição e do esclarecimento das dúvidas; 2) não desprezar os conteúdos fáceis, que são cerca de 80% de qualquer prova; 3) estudar um pouco, mas todos os dias, tendo a paciência de aguardar resultados após vários meses, e não depois de alguns dias.

Enfim, para passar num concurso não é necessário ser Caxias. Mas é necessário seguir os exemplos dele no que se refere à dedicação, disciplina e afinco. No campo de batalha, ele costumava dizer: “Quem for brasileiro que me siga”. Nos concursos eu lhe digo: quem for concurseiro que o siga.

Ah, quanto à apresentação neste pé de página: professor, delegado, escritor e, orgulhosamente, militar. Em dois anos de quartel, aprendi o valor da disciplina e do afinco, que foram (são e continuarão sendo) úteis nas minhas conquistas.

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