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Segunda-Feira,29 de Abril
Kênio PereiraDiretor Regional em MG da Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário. Advogado e Conselheiro do Secovi-MG e da CMI-MG.

Agir pela paz é o melhor caminho para valorizar o condomínio

Publicado em 04/04/2022 às 06:30.

Ao analisarmos a enorme quantidade de processos judiciais que tramitam nos tribunais, verificamos que muitos têm sua origem na arrogância, prepotência, na falta de diálogo, ausência de orientação jurídica e em sentimentos inconfessáveis. Algumas pessoas têm grande dificuldade de compreender e de aceitar o direito alheio frente aos limites do seu. Isso provoca situações de conflito que poderiam facilmente ser resolvidas com a cordialidade de um debate racional e lógico, onde prevaleceria a “autoridade do argumento e não o argumento da autoridade”.

Há ainda conflitos que são motivados pela inveja que todo mundo jura que nunca teve. No Brasil, o sucesso do outro incomoda muitos. Alguns preferem a paz e se mudam ao ter que discutir sobre garagem, rateio de despesas, mau uso da área de lazer, a legalização da propriedade etc. Boa parte desses problemas ocorre até em condomínios e loteamentos fechados de altíssimo padrão financeiro, que têm sua valorização emperrada.

Orientação jurídica especializada em condomínio e loteamento fechado

Há litígios que perduram por décadas que desgastam as relações pessoais por ausência de um estudo jurídico profundo e especializado que oriente a realização de um acordo. Sem segurança jurídica, muitos lotes deixam de ser negociados, casas não são construídas e assim o condomínio sofre desvalorização. Contratar um expert jurídico para conduzir uma solução é um grande investimento, pois estimula novos negócios, além de evitar gastos com conflitos que se eternizam.

É incompreensível como pessoas de tão alta estirpe, cultura, formação acadêmica assumem uma autoridade sobre outras de modo a impor seu pensamento como se fosse universal, subestimando os demais e crendo serem as únicas capazes de pensar e de tomar a decisão por todos.

Comparecer à assembleia

Ocorre que as pessoas têm suas opiniões e, portanto, devem se informar, conhecer a fundo a discussão, para que não sejam submetidas a situações que possam prejudicá-las, como uma briga judicial em um condomínio, que foi motivada por interesses que não os delas. Ao final, todos pagam a conta, pois os gastos com processo e advogados serão rateados entre todos, além do aborrecimento.

Os maus incitam os demais a brigar, a confrontar o outro, a ir ao Judiciário e, ao final, escondem suas mãos e se calam (alguns chegam ao cinismo de negar o que disseram e fizeram para criar o conflito) quando chega a altíssima fatura do prejuízo. Esse comportamento é inaceitável e prejudica uma coletividade de condôminos que deveria lutar pela harmonia, a qual valoriza os apartamentos e casas.

É fundamental a participação de todos nas assembleias para troca de ideias positivas. Nossa voz não pode ser abafada de maneira a possibilitar que o irracional e brigador obtenha sucesso na sua pretensão, que geralmente resulta em gastos financeiros desnecessários.

Todos ganham quando se posicionam a favor do justo, do bom senso e da lógica, desfavorecendo aqueles que falam mais alto que a própria voz. Como diria Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.

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