Os altos custos de contratação de bandeiras hoteleiras para administrar um apart-hotel tem inviabilizado o negócio a longo prazo, pois diante do desgaste da edificação algumas administradoras entregam o prédio por deixar de ser competitivo. Os investidores se sentem traídos ao perceberem que a administradora só visou o lucro além do aceitável, ou seja, que sugou o que pode para obter renda deixando de fazer as manutenções e atualizações essenciais para manter a edifício compatível com a concorrência. O maior desafio é os donos das unidades serem bem assessorados juridicamente para eliminar os abusos cometidos pela administradora.
Administração própria aumenta a lucratividade
O apart-hotel Volpe, localizado na Savassi, em Belo Horizonte, passou a gerar melhor resultado para os proprietários das unidades após ser retirada uma Bandeira Hoteleira e ser eleito o condômino Januário Teodoro de Souza para gerir o prédio. Ele explica que “dispensar a Bandeira aumenta a lucratividade, sendo que após longo período o imóvel deteriora e se torna desinteressante para algumas administradoras que o devolvem para transferir aos investidores a responsabilidade de obras que seriam evitadas se tivessem sido realizadas as manutenções preventivas. Sendo assim, o novo modelo de administração própria, além de manter em melhores condições o prédio e o mobiliário, gera maior lucro para os investidores, sendo, portanto, a melhor opção para os empresários do ramo”.
Diante disto, constata-se que centenas de edifícios passaram a ser administrados diretamente pelos investidores que deixam de arcar com os custos exagerados da Bandeira Hoteleira.
Condo-hotéis e apart-hotéis: últimos a receber são os donos das unidades
Com este novo modelo, unidades hoteleiras que geravam prejuízo ou rendiam em torno de R$200 mensais passaram a render mais de R$ 3 mil em média ao serem eliminadas as despesas excessivas da Bandeira Hoteleira que tem como norma retirar da receita bruta primeiro a sua remuneração e lucro. Depois, o saldo que sobrar é dividido entre os donos das unidades dos apart hotéis.
Falta de conservação compromete a competividade do edifício.
Diversos empreendimentos geraram e continuam a gerar decepção aos investidores, nos quais se incluem os condo-hotéis, pois os donos das unidades hoteleiras, por não dominarem as nuances do setor, desconhecem que algumas administradoras hoteleiras exploram a edificação de forma predatória, pois sugam a maior parte da renda deixando de promover as medidas de conservação e manutenção fundamentais à preservação do empreendimento.
Manutenções estruturais tais como reforma na tubulação hidráulica e elétrica bem como troca de mobiliário e ar-condicionado fazem com que o empreendimento fique desatualizado. Por falta de atuação dos investidores, esses acabam recebendo de volta um prédio deteriorado tendo que arcar com reformas caras e compra de mobiliários para manter o funcionamento do negócio.