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Kênio PereiraDiretor Regional em MG da Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário. Advogado e Conselheiro do Secovi-MG e da CMI-MG. Consultor Especial da Presidência da OAB-MG.

Viver em paz num condomínio: isso não tem preço

Publicado em 28/04/2025 às 06:00.

As pessoas têm como objetivo ser felizes, obter conquistas e viver num local tranquilo e seguro. Para muitos, isso se concretiza na escolha de um bom condomínio, mas, infelizmente, nem sempre essa convivência é harmoniosa. O comportamento individualista de alguns moradores compromete a qualidade de vida coletiva e ignora a importância de relações respeitosas e cordiais. A experiência comprova que em momentos de emergência, o vizinho é o parente mais próximo. 

Muitos ainda não perceberam como é agradável conviver em ambiente amigável. Encontrar vizinhos na portaria, no elevador ou na garagem e cumprimentá-los com gentileza contribui para a saúde mental e emocional. O local onde moramos e trabalhamos deve ser nosso refúgio de paz, não um campo de conflitos.

Convivência saudável começa com pequenas atitudes

Criar um ambiente positivo exige empatia, senso coletivo e responsabilidade. Refletir sobre os efeitos das nossas ações e omissões é essencial para a boa convivência. Isso se traduz em gestos simples: evitar barulhos ao chegar de madrugada, como dar descarga no sanitário e retirar os sapatos antes de entrar no quarto; estacionar o carro de forma que facilite as manobras do veículo do vizinho; orientar os filhos a abrirem a porta do carro com cuidado para não amassar a lateral do carro ao lado.

Quem tem animais deve adestrá-los para não sujar as áreas comuns e nem perturbar com latidos constantes. Já os que gostam de música alta devem investir em fone de ouvido ou em janelas acústicas para garantir o direito ao descanso e à tranquilidade aos vizinhos. E quem gosta de ler uma revista é melhor comprar uma assinatura ao invés de pegar a do vizinho no escaninho.

Ser um bom vizinho é fácil. E, mais, agrega valor ao imóvel: os moradores permanecem décadas no edifício por ser agradável a troca de ideias nas assembleias. Imóveis localizados em condomínios tranquilos, com moradores educados e gentis, são mais procurados. Compradores experientes sabem disso e deixam de adquirir um imóvel ao constatar com os porteiros que o prédio é repleto de conflitos, sinalizando que a convivência pode ser difícil.

Defenda sua saúde e sossego

Ao surgir um vizinho que se comporta de forma antissocial, a omissão da coletividade é o pior caminho. O silêncio diante de abusos estimula comportamentos hostis e reforça posturas egoístas. Há quem sinta prazer em prejudicar e provocar o desconforto, especialmente quando movido por inveja ou ressentimento.

A boa convivência condominial depende também da firmeza na defesa de direitos. É fundamental a união e a compreensão de que gastar numa solução consiste em investimento. A legislação está a serviço da coletividade: utilizar os instrumentos jurídicos disponíveis é mais eficiente – e menos custoso – do que abrir mão da qualidade de vida ou ser forçado a vender um imóvel.

Paz não tem preço. E viver em um condomínio onde o respeito, a empatia e a gentileza imperam vale mais do que qualquer benefício. Cultivar boas relações é investir em qualidade de vida para si e para todos ao redor.

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