A política e o carnaval são dois aspectos da vida em sociedade que, apesar de parecerem distintos, possuem muitas semelhanças. Ambos são eventos que atraem muita atenção e envolvem – ou ao menos deveriam envolver – grande participação popular. Porém, assim como o carnaval, a política muitas vezes é marcada por excessos, exageros e disputas acirradas.
Do mesmo modo que o carnaval, a política pode ser vista como um espetáculo. A cada eleição, os candidatos apresentam suas propostas e estratégias como se fossem as melhores de todos os tempos. É comum vermos promessas grandiosas, discursos inflamados e muita empolgação. No entanto, assim como no carnaval, nem sempre essas propostas e estratégias são factíveis ou concretizam-se de fato.
Outra semelhança entre política e carnaval é a competição acirrada. Em ambos, existe a disputa por poder e prestígio. Os partidos políticos e as escolas de samba rivalizam entre si em busca da preferência e escolha do público. Em muitos casos, a disputa acaba sendo bastante desigual. Fatores como o acesso a recursos financeiros e tamanho do orçamento tendem a ser decisivos para o desempenho das escolas no sambódromo e dos candidatos nas urnas.
Felizmente, tanto a política quanto o carnaval podem ser marcados por muita festa e diversão. No carnaval, as pessoas se fantasiam, dançam e se divertem ao som de músicas alegres e ritmos entusiasmantes. Na política, há eleitores que também se envolvem em clima de festa, fazem campanha e comemoram a vitória de seus candidatos.
No entanto, nem sempre a diversão é saudável. Às vezes, as pessoas se envolvem em brigas e confusões, movidas pela emoção, desrespeito, exageros e álcool. A corrupção, a violência e o desprezo pelos valores éticos e morais são problemas graves que podem afetar tanto a política quanto o carnaval. Ambos são eventos em que, infelizmente, há casos marcados por escândalos e falta de compromisso com o bem comum.
Enfim, a política e o carnaval possuem muitas semelhanças. Ambos envolvem participação popular, competição acirrada e muita festa e diversão. No entanto, também podem ser marcados por excessos e falta de ética. Cabe a nós cidadãos – enquanto eleitores ou foliões – participar, eleger e exercer uma política mais ética e responsável e um carnaval mais seguro e saudável.