Esta semana, tivemos a posse dos deputados e senadores no Congresso Nacional e nas Assembleias Estaduais. Com o início das novas configurações das casas legislativas, tivemos também a eleição dos respectivos presidentes e mesas diretoras. Aqui em Minas Gerais, o deputado Tadeu Leite foi eleito presidente da Assembleia. No âmbito federal, Arthur Lira foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados, assim como Rodrigo Pacheco foi reeleito presidente do Senado.
A maioria das pessoas não liga para isso. Seja por não terem interesse em política; seja por não terem aprendido sobre divisão dos poderes; seja por acreditarem que o legislativo não impacta em nada suas vidas; seja por - e eu acredito que este é o principal motivo - estarem já bastante ocupadas com seu trabalho e sustento de suas famílias, o que é legítimo.
No entanto, as mudanças mais duradouras que o mundo político pode entregar para a população acontecem pelo Poder Legislativo. É no Congresso Nacional e nas Assembleias Estaduais que as reformas mais importantes podem ganhar vida. A reforma tributária para permitir simplificação de impostos para os brasileiros, por exemplo, precisa ser aprovada pelos deputados federais e senadores. O regime de recuperação fiscal para permitir mais recursos públicos para educação, saúde e segurança dos mineiros deve ser aprovado pelos deputados estaduais.
Tudo isso pode parecer meio distante da nossa realidade, mas não é. Redução de impostos diretos - como o imposto de renda - significa, na prática, um pouco mais de dinheiro no bolso do arrimo de família. Redução de impostos indiretos - como aqueles embutidos no preço do feijão e do arroz - significa mais comida na mesa das famílias de baixa renda. Saúde econômica das contas públicas significa ter mais recursos para escolas bonitas e equipadas, redução de filas de consultas e exames, mais segurança.
Apesar de sempre nos lembrarmos do presidente da República e dos governadores quando falamos de políticos, são os deputados e senadores os detentores do poder de melhorar a vida da população de forma estrutural, ou seja, melhorias mais duradouras.
Fato é que na vida de quem tem muito pouco e na qual as urgências são muitas - como saciar a fome do filho que não pára de chorar ou aliviar a dor da mãe idosa que espera atendimento de saúde - é compreensível que o longo prazo acabe ficando em último plano. Mas é preciso atuar na causa dos problemas para que eles sejam resolvidos. Lembre-se da importância dos políticos do Legislativo.