Dança das cadeiras e trocas partidárias

Publicado em 11/04/2022 às 06:00.

O último 1º de abril marcou o fim da janela partidária, um período em que os deputados estaduais e federais podem migrar para outros partidos no ano eleitoral, sem quebrar a regra de fidelidade ou perderem seus mandatos.

As trocas, dentre outras razões, podem buscar por espaços partidários mais propícios para a eleição, o que envolve um complexo cálculo de quociente eleitoral e partidário, para além de recursos, tempo de TV, competição interna pelas cadeiras e menor rejeição dos eleitores com as siglas do mundo político. Pelas trocas apuradas, vemos um reforço da polarização que se desenha para a disputa presidencial.

Em alguns casos, acontece de parlamentares prestigiarem maiores possibilidades de permanência em suas vagas no Congresso e Assembleias do que coerência ideológica ou programa partidário. Muitas vezes a legenda atua apenas como um nome de agremiação, com pouca mudança na forma de atuação ou votação dos deputados e senadores.

A dança das cadeiras atingiu quase a totalidade dos partidos no Congresso, mas a bancada federal do Novo, meu partido, não sofreu alterações. Há motivo para o Novo não ter sido envolvido nessa ciranda. O partido não usa fundo eleitoral, realizando campanha apenas com as contribuições dos próprios filiados e apoiadores. Acreditamos que o dinheiro dos seus impostos não deveria custear campanhas e partidos políticos, mas sim ser investido com eficiência na prestação de serviços públicos de qualidade para a população.

No Novo, dentre outras diretrizes, nós mandatários abrimos mão de diversos privilégios e nos comprometemos a economizar pelo menos 50% das verbas disponibilizadas para o mandato parlamentar. Como grande diferencial, o Novo tem todos os seus filiados ficha-limpa e um forte compromisso com os princípios e pautas liberais, dando previsibilidade e autonomia no posicionamento de nossas bancadas.

Sem negociatas por cargos e verbas, nossos parlamentares têm os meios para manter sua independência para corretamente fiscalizar os Executivos de suas esferas, propor os projetos que melhoram a vida das pessoas na prática e representar altivamente o cidadão em sua liberdade individual e social.

A atuação política deve defender os interesses da sociedade e jamais apenas interesses próprios. O foco da boa política é a melhoria estrutural da qualidade de vida da população.

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