Há fome no Brasil e precisamos falar sobre isso!

Publicado em 20/06/2022 às 06:00.

A fome retornou às manchetes dos noticiários. A recessão pandêmica, a inflação, um conjunto de fatores nacionais e internacionais concorrem para que seja cada vez mais difícil suprir as necessidades das famílias brasileiras. Atualmente, 33,1 milhões de pessoas passam fome no Brasil, 14 milhões de brasileiros a mais em 2022 em relação a 2020. De acordo com pesquisa do IBGE, 58,7% da população brasileira convive com algum tipo de insegurança alimentar.

Diante desse cenário, reacende a discussão política sobre as medidas apropriadas para o poder público atuar na mitigação desses efeitos e também nas causas desses problemas. Uma saída fácil é o populismo puro e simples: pressionar pelo controle de preços, intervir na economia, encontrar um vilão na cadeia produtiva. Essa fórmula já foi tentada no Brasil, sem sucesso e com efeitos desastrosos, mas ainda encontra partidários fiéis entre as fileiras da velha política. Trocar o resultado de médio e longo prazo por medidas imediatistas nos aprisiona em dívida pública alta, o perigo da inflação, o inchaço da burocracia e o desequilíbrio orçamentário.

Uma parte importante da solução são as medidas de aplicação rápida para devolver dignidade às pessoas. Programas sociais temporários e bem desenhados estão no ponto em comum da defesa de políticas públicas dos mais diversos espectros, e com razão. Ainda sim, o resgate do valor da moeda, o aumento das remunerações, a melhoria da qualidade de vida média da população, são resultados alcançados por um crescimento sólido e constante da economia, possível apenas por meio da livre iniciativa, segurança jurídica, responsabilidade fiscal, investimentos privados e públicos sólidos.

Essas características de uma economia desenvolvida só serão atingidas em nosso país por uma agenda de transformação estrutural e mudança na mentalidade dos nossos representantes públicos, e em última análise, dos eleitores também. Modernizar a prestação de serviços públicos, simplificar o sistema tributário, equilibrar as despesas e receitas públicas, destravar a burocracia, ampliar a liberdade de empreender e trabalhar são exemplos de medidas que impactam em aumento das oportunidades, geração de renda e empregos, concorrência para equilíbrio dos preços e previsibilidade do valor dos seus rendimentos.

É por isso que o liberalismo é o verdadeiro propulsor do desenvolvimento social, pois dá às famílias condições sustentáveis de uma vida melhor.

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