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Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

A feminina luta

Publicado em 03/09/2025 às 06:00.

A Academia Mineira de Letras é sede de um evento muito especial e próprio para este tempo de violência sem tamanho em cujo ápice nos achamos. Refiro-me à exposição e discussão “Violência contra as mulheres: a justiça que tarda e falha”, com início no próximo sábado, 6 de setembro, às 10horas, com entrada gratuita. 

Entrarão em cena os advogados e ativistas Rodrigo da Cunha Pereira e Isabel Araújo, que os belo-horizontinos já bem conhecem. Ele é considerado o primeiro advogado feminista do Brasil. Começou militância em 1983, no Centro de Defesa dos Direitos da Mulher, precursor do “Movimento Quem Ama Não Mata”, e presidente do Centro mencionado. 

Isabel é especialista em Direito das Mulheres, atuando como advogada principalmente em defesa de mulheres em situação de violência. São profissionais que têm longa e notória ação nos círculos que tratam de um problema que se tornou lancinante em todo país.

Aliás, a matéria está presente em Antologia da Academia Feminina de Letras de Montes Claros, com artigo assinado por Filomena Luciene Cordeiro Reis, edição de 2019. 

A articulista registra que há muitos problemas que não deveriam mais existir nos dias atuais, pois retratam fatos que caracterizam forças primitivas, de barbárie e incivilização. Eles refletem e revelam instintos selvagens que resultam poderes supostamente exclusivos do sexo masculino. É quando “o homem, literalmente pensando na perspectiva de sexo, impõe-se como dominante o feminino. Este percurso de domínio se apresenta estigmatizado por agressões, abusos e episódios desnecessários e profundamente para mostrar superioridade. São incontáveis em embates, confrontos e disputas, que só a simples referência tornam indigna da espécie humana. 

Isabel declara: “Ao me tornar advogada, em especial atuando em processo de júri de feminicídio, essa consciência se intensificou: incorporo a perspectiva de gênero em cada caso, buscando que o Direito seja um instrumento real de proteção e emancipação”. 

A especialista em Direito das Mulheres participa da Comissão de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da OAB-Minas, da qual é presidente. Afirma que busca transformar o Direito em ferramenta de emancipação. “Nesta área, as mulheres, de maneira geral sofrem preconceito por parte de advogados, juízes etc. E se são advogadas feministas, o preconceito é ainda maior”. 

O projeto Sábados Feministas é uma iniciativa da AML em parceria com o movimento “Quem Ama Não Mata” e, acontece, no âmbito do “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 248139)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura, e tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH- por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e setecentos médicos cooperados e colaboradores. 

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