O dia e suas surpresas, para as quais colaboram eficientemente os periódicos. Numa das páginas do diário, fico sabendo do falecimento do desembargador José Fernandes Filho, ex-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Natural de Bambuí, o querido magistrado, que completaria 96 anos no dia 31, comandou o TJ de 1990 e 1992.
José Fernandes conquistou mais do que cargos importantes na magistratura e na administração pública do Estado, mercê de sua personalidade que pairava acima das divergências comuns e dos naturais entreveros.
Além de presidente do TJMG, José Fernandes Filho foi secretário de Estado de Educação, vice-diretor executivo do Conselho de Planejamento e Desenvolvimento da UFMG, vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TER-MG) e secretário, assistente e delegado do Tribunal de Contas da União em Minas Gerais (TCU-MG).
Em 2022, José Fernandes Filho foi empossado na cadeira número 29 da Academia Mineira de Letras (AML). Tendo presença e participação nas reuniões no Palacete Borges da Costa, na rua Bahia, sede do sodalício, hoje presidido pelo acadêmico Jacyntho Lins Brandão.
O desembargador se formou em direito pela Faculdade Mineira de Direito da Universidade Católica de Minas Gerais e pós-graduado em direito público, com especialização em direito administrativo, tributário e constitucional.
Na Academia Mineira de Letras, cujo patrono na cadeira 29 é Aureliano Pimentel e fundador Lindolpho Gomes, ele teve como antecessores Milton Campos, Pedro Aleixo, Gustavo Capanema, Murilo Badaró e Affonso Arinos de Mello Franco.
O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, em nome da instituição e em seu nome pessoal, expressou “profundo pesar e consternação” pelo falecimento do desembargador.
De acordo com Corrêa Junior, o sentimento geral é que “a perda irmana aqueles que tiveram a oportunidade de conviver com o magistrado e aprenderam diretamente com sua conduta, mas também os inumeráveis admiradores de sua trajetória inigualável”. E acrescentou: “devemos e desejamos expressar nossa gratidão e reconhecimento a esse exemplo de honradez, comprometimento, firmeza e dedicação, e a essa personalidade que tanto engrandeceu a magistratura, o judiciário mineiro, o Estado de Minas Gerais e o Brasil”, pontuou o presidente Corrêa Junior.