Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Como anda o tempo

Publicado em 24/05/2022 às 06:00.

Há uma guerra lá distante, entre Rússia e Ucrânia. Vidas destruídas, lares desfeitos, milhares de sequelados, tudo enfim que um conflito produz. Uma guerra que não é guerra, porque o presidente de uma das nações envolvidas não gosta do substantivo.

Enquanto isso, Putin adia a formalização, que permitiria a mobilização total das forças de reserva da Rússia. O presidente aproveitaria o 9 de maio, Dia da Vitória sobre Hitler, em 1945, para anunciar a conquista militar contra a Ucrânia, o que não sucedeu. Permanece a “operação militar especial”, com os mesmos resultados sombrios, mais do que isso, catastróficos.

No Brasil, procura-se fazer com que tudo pareça em boa ordem, embora os preços dos bens de consumo imprescindíveis não diminuíam. A Covid reduziu sua amplitude e extensão, mas em seu lugar entrou em cena a chikungunya, com crescimento de 40% de casos, relativamente ao ano passado. A zika não ficou atrás. Sua incidência revelou aumento de 53,9% em termos de ocorrências, com referência a 2021.

Verdade que a Anvisa aprovou o uso emergencial de medicamento, como já acontecera em 17 países, contra a Covid. É o molnupiravir, antiviral de uso oral, que demonstrou benefícios em pacientes leves e moderados, reduzindo a necessidade de hospitalização e a ocorrência de mortes. Mas só pode ser aplicado com avaliação e prescrição médicas, não valendo sequer recomendação do Planalto.

Outra notícia importante: a taxa de juros atingiu 12,75% ao ano, mas a expectativa é de que chegue a 13,25, diante das pressões inflacionárias decorrentes da nova onda da Covid na China e da guerra na Ucrânia. A taxa, assim, é a mais alta desde fevereiro de 2017.

Mas o Brasil vai muito bem, obrigado. Na terça-feira, tivemos um dia glorioso. Registrou-se que o brasileiro já pagara mais de R$ 1 trilhão em impostos, este ano. No ano passado, a importância só foi atingida 16 dias depois. Em 2021, pagamos R$ 2.592.601.562.926,43 em tributos no total. O número é bastante expressivo.

O contribuinte brasileiro revela, mais uma vez, sua indeclinável disposição de contribuir para o desenvolvimento nacional e para uma vida saudável de quantos nasceram ou escolheram viver aqui. Cabe aos que dirigem os municípios, estados e a União corresponderem às expectativas.

Mas, a inflação está crescendo há pelo menos 16 semanas.

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