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Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Escolas sob ataque

Publicado em 22/07/2025 às 06:00.

A sucessão de homicídios cometidos por adolescentes chama a atenção. Não é só aqui, mas entre nós parece de maior dimensão, porque se julgava que os rapazes fossem mais educados e comedidos.     Mas, no dia 11 neste mês de julho, um aluno de 14 anos, na França, matou a facadas uma assistente educacional. As autoridades reforçaram a vigilância nas escolas. Em todo o mundo, o fenômeno se repete.

No Rio Grande do Sul, na cidade de Estação, um jovem de 16 anos, no dia 8, após atacar uma escola municipal, matou Vitor André, de 9 anos, usando faca. Tirou a vida da criança, ferindo ainda duas meninas de 8 anos e uma professora. Um monitor desarmou o rapazinho em seguida aos atos brutais. O agressor, segundo se apurou, já se encontrava sob acompanhamento psiquiátrico e foi internado provisoriamente, por decisão judicial, por 45 dias.

A verdade nua e crua é que nossas escolas precisam de maior proteção. Tanto para que não se repitam cruéis eventos, que também acontecem em Minas Gerais. Imprescindível zelar pela vida e pela incolumidade das crianças e adolescentes. Estes podem ser alvo de fatores externos e de pessoas estranhas, mas também de casos tenebrosos entre os próprios educandos.

Basta conhecer os números seguintes para avaliar: “O levantamento ‘Ataques de violência extrema em escolas do Brasil’, conduzidas pelas pesquisadoras Telma Vinhas e Cléo Garcia, ambas do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de Campinas (Unicamp), mapeou ataques a escolas no país entre 2001 e 2023. Nestes 22 anos, foram identificados 36 desses crimes, cometidos por 39 estudantes e ex-estudantes em 37 escolas, com 40 mortes e 102 feridos”.

“Dos 36 ataques, 21 ocorreram entre fevereiro de 2022 a outubro de 2023 (58,33%), sendo dez em 2022 e 11 em 2023. Excluindo os atiradores que se suicidaram (cinco), foram 35 mortos, distribuídos em 12 unidades da Federação, sendo São Paulo o estado que mais teve ataques, seguido do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia”.

A chefe de Políticas Públicas Sociais do Unicef no Brasil, Liliana Chopitea, destaca que os dados colaboraram para “melhorar os investimentos em políticas sociais e para fortalecer a garantia de direitos de crianças e adolescentes”. E arrematou: “Investir nas crianças e nos adolescentes é a melhor aposta que o país pode fazer agora e para o futuro”.

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