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Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Espertalhões em ação

Publicado em 12/07/2025 às 06:00.

Estamos esmagados pelas mais poderosas organizações criminosas de que se tem notícia. Os bandidos usam todos os meios possíveis para tirar proveito e enriquecer-se cada vez mais, estendendo seus domínios para outras nações. Não há mais quem duvide. As ferramentas do poder público não são suficientes para vencer o furto, o roubo, o assalto, o sequestro, a corrupção, que atuam em todo o território com inacreditável (?) ousadia.

No segundo dia deste julho, os meios de comunicação divulgaram amplamente a operação da Polícia Federal sobre extração ilegal de minério de ferro no estado, no vale das Cancelas, zona rural de Grão Mogol. Cumpriram-se dez mandados de busca e apreensão em Divinópolis, também Congonhas e Contagem, além de Arari, Maranhão.

Os mandados foram executados inclusive em residências e estabelecimentos empresariais ligados aos investigados, suspeitos de operar e apoiar a cadeia logística da atividade de mineração clandestina. 

Os alvos são suspeitos de operar e apoiar a cadeia logística da atividade de mineração clandestina. Durante as buscas, foram apreendidos celulares, computadores, mídias digitais, documentos fiscais e contábeis, além de veículos e maquinários utilizados para extração e transporte do minério.

De acordo com as investigações da Polícia Federal de Montes Claros, o grupo explorava uma área de preservação ambiental sem qualquer autorização legal. Um laudo pericial apontou que, entre abril e outubro de 2023, foram extraídos aproximadamente 6.032 metros cúbicos de minério de ferro, o equivalente a quase 19 mil toneladas. O prejuízo ambiental estimado ultrapassa R$ 1,9 milhão.

Além dos crimes ambientais e de usurpação de bens da União, também são apurados indícios de sonegação fiscal e lavagem de capitais. Uma das empresas envolvidas, localizada em Divinópolis e vinculada a um dos principais investigados, apresentou movimentações financeiras atípicas de quase R$ 12 milhões apenas em outubro de 2020.

As investigações da operação “Cancela de Ferro” seguem com análise do material apreendido e outras diligências estão em curso para aprofundar a identificação dos envolvidos e mapear a estrutura financeira da organização. O nome da operação – Cancela de Ferro – faz referência tanto ao local da extração (Vale das Cancelas), quanto ao tipo de minério explorado (ferro).

O trabalho das autoridades prossegue com a análise do material apreendido para completa identificação dos envolvidos. Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bem da União, crimes ambientais, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

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