O brasileiro, a despeito de seu esforço para entender o que acontece no país, não consegue desvendar o conteúdo e sentido do que se publica. Estamos com boas perspectivas, como procura incutir a propaganda oficial ou nosso futuro é incerto e ainda não sabido, diante dos fatos internos e da confusão entre as demais nações?
O Banco Central sente sinais de desaquecimento da economia em decorrência da elevação dos juros, enquanto o Ministério da Fazenda vislumbra promover a revisão do crescimento deste 2025. Crescendo ou não a economia, subindo ou não as taxas de juros, a vida de enorme parte do povo brasileiro não parece - ou não é - das melhores.
A partir do que vai avaliar e dar resposta? Paulo Paiva, sendo autoridade em administração pública e acompanha o esforço, a penúria e o desencanto repetitivo de grandes parcelas da sociedade, focaliza, por exemplo, alguns aspectos para chegar à chaga jamais curada da desigualdade social do país.
Os estudos até agora desenvolvidos para superar os gravíssimos problemas existentes pouco resultaram em favor da população. Basta assistir aos programas de televisão para se ter uma ideia. Paulo Paiva comenta: “A décima maior economia do mundo em tamanho dispõe de uma das mais modernas e abrangentes legislações ambientais do planeta. No entanto, a universalização do acesso da população à água tratada não passa de 88%. Mais triste é saber que um quarto da população brasileira (mais de 50 milhões de pessoas) ainda está privada de coleta de lixo.
O ex-secretário de Minas, Paulo Paiva, esclarece também que a Fundação Dom Cabral tem experiência e poderá muito colaborar para um programa dessa natureza. A Fundação, por meio de sua iniciativa Imagine Brasil, em parceria com o Instituto Trata Brasil, poderá agilizar a implementação de ações para destravar o tratamento primário na grande maioria dos municípios que, pequenos, não têm capacidade instalada, e cuidar de seus problemas.