Os jornais mineiros deram ênfase, como imprescindível, à notícia sobre a Universidade Federal, publicada em 6 de abril. Uma informação que exigia espaço, carinho e esmero. É que a Universidade Federal de Minas Gerais apareceu na primeira lista divulgada pelo Ministério da Educação, revelando que a instituição mineira ultrapassa sua melhor nota e reforça seu patamar de excelência.
Traduzindo: a UFMG superou seu Índice Geral de Cursos, consolidando-se como a melhor entidade federal do país pelo terceiro ano consecutivo.
É um resultado de competência e excelência, que todos devemos registrar. A Reitora da Universidade, Sandra Regina Goulart Almeida, expressou-se com alegria, mas deixando clara e necessária advertência: "É muito importante ocupar essa posição, mas é uma grande responsabilidade. Nosso grande desafio é a questão orçamentária, que precisa ser resolvida. Melhorou, ano passado tivemos uma boa recomposição orçamentária e esperamos que este ano continue".
Os representantes de Minas nos vários e altos escalões do poder têm grave incumbência perante o povo mineiro e sua história. A universidade é um riquíssimo patrimônio e se constitui graças aos esforços imensos de suas lideranças. Não foi presente de aniversário. A antiga Universidade de Minas Gerais impôs sacrifícios ao Estado e seus dirigentes, para tornar-se uma realidade em 7 de setembro de 1927.
Já em 1925, o prof. Melo Teixeira, em brilhante pronunciamento, formulara apelo ao presidente Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, no sentido de converter em realidade a velha ideia da Universidade: "Minas precisa cuidar de frente do ensino superior. Há já um século que foi proposto criar-se em Minas a primeira Universidade. A prosperidade crescente, o adiamento material, as possibilidades financeiras e econômicas, o grau de cultura de Minas Gerais o permitem, sem ameaças de desequilíbrios financeiros, que o Estado possua o seu ensino superior suficientemente constituído em todos os seus ramos, dotado de todos os aperfeiçoamentos, capaz de ombrear nesse terreno com os mais adiantados Estados da Federação".
O raciocínio e o apelo aos mais altos entes da Federação seguem válidos. É aceitá-los, como que a alta direção da Universidade e como o querem todos os mineiros. Nada a adiar.