Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Hora de paciência

Publicado em 30/08/2025 às 06:00.

Confundi-me nos dois títulos de matérias na primeira página de um dos periódicos da capital. O primeiro dizia: “Cruzeiro cola no Flamengo”. O segundo, logo abaixo, registrava: “Decisão está nas mãos da PGR”. 

Tão grande o volume e a multiplicidade de informações neste ano que caminha para cerrar cortinas que o leitor costuma perder-se no seu emaranhado e complexidade. Jamais se terá visto, talvez, um momento que exige o máximo de atenção do público, que corre o risco de misturar textos literários com poluição na lagoa da Pampulha a discussão de quesitos em âmbito municipal, estadual e federal, os temas que impõem exame e discussão dos três poderes, estes mesmos se embaralhando que é de efetiva manifestação. 

Ninguém está satisfeito com o andar da carruagem, com o tempo vário que estigmatiza a estação do ano, chuva e sol conforme a hora e o dia (o que, aliás, gera desconforto e enfermidades mil), enfim tudo evoluindo para queixas, reclamações, explosões de temperamento, mortes no trânsito e nos embates entre agentes e inimigos da lei. 

Indispensável muita paciência e cuidado com o pé no freio. As grandes organizações criminosas aproveitaram a situação e ganharam expressão e mando além do Brasil. Elas presentemente ocupam grandes espaços nos meios de comunicação e são teor de longas conversas entre os que vivem nesta nossa terra, mas não só aqui. 

A bandidagem não tem fronteira e a América Latina privilegia locais e condições muito próprias para ilicitudes. É o que vê e se sente ao derredor. 

Além de criticar grosseiramente o Brasil, segundo sua maneira de ser Donald Trump, determinou que a Guarda Nacional dos Estados Unidos, limpe a capital do crime. O titular da Casa Branca afirma que Washington é governada pelos democratas e tem altos índices de criminalidade e de gente sem teto. 

Trump comparou a situação da capital americana com a de “alguns dos locais considerados os piores do mundo” em termos de insegurança, citando metrópoles latino-americanas, inclusive Brasília. 

Não poderia faltar. E gritou, perguntando: “Você quer viver em  lugares assim? Acho que não”. 

Em verdade, o chefe do Executivo de Tio Sam sabe perfeitamente que a criminalidade anda solta em todos os países do mundo. A sua terra não é exceção. O seu próprio nome já faz parte de falcatruas e deslizes, que o levaram à barra dos tribunais. Sua própria candidatura quase não se efetivou. É fato não apenas notório, tornou-se público. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por