Confundi-me nos dois títulos de matérias na primeira página de um dos periódicos da capital. O primeiro dizia: “Cruzeiro cola no Flamengo”. O segundo, logo abaixo, registrava: “Decisão está nas mãos da PGR”.
Tão grande o volume e a multiplicidade de informações neste ano que caminha para cerrar cortinas que o leitor costuma perder-se no seu emaranhado e complexidade. Jamais se terá visto, talvez, um momento que exige o máximo de atenção do público, que corre o risco de misturar textos literários com poluição na lagoa da Pampulha a discussão de quesitos em âmbito municipal, estadual e federal, os temas que impõem exame e discussão dos três poderes, estes mesmos se embaralhando que é de efetiva manifestação.
Ninguém está satisfeito com o andar da carruagem, com o tempo vário que estigmatiza a estação do ano, chuva e sol conforme a hora e o dia (o que, aliás, gera desconforto e enfermidades mil), enfim tudo evoluindo para queixas, reclamações, explosões de temperamento, mortes no trânsito e nos embates entre agentes e inimigos da lei.
Indispensável muita paciência e cuidado com o pé no freio. As grandes organizações criminosas aproveitaram a situação e ganharam expressão e mando além do Brasil. Elas presentemente ocupam grandes espaços nos meios de comunicação e são teor de longas conversas entre os que vivem nesta nossa terra, mas não só aqui.
A bandidagem não tem fronteira e a América Latina privilegia locais e condições muito próprias para ilicitudes. É o que vê e se sente ao derredor.
Além de criticar grosseiramente o Brasil, segundo sua maneira de ser Donald Trump, determinou que a Guarda Nacional dos Estados Unidos, limpe a capital do crime. O titular da Casa Branca afirma que Washington é governada pelos democratas e tem altos índices de criminalidade e de gente sem teto.
Trump comparou a situação da capital americana com a de “alguns dos locais considerados os piores do mundo” em termos de insegurança, citando metrópoles latino-americanas, inclusive Brasília.
Não poderia faltar. E gritou, perguntando: “Você quer viver em lugares assim? Acho que não”.
Em verdade, o chefe do Executivo de Tio Sam sabe perfeitamente que a criminalidade anda solta em todos os países do mundo. A sua terra não é exceção. O seu próprio nome já faz parte de falcatruas e deslizes, que o levaram à barra dos tribunais. Sua própria candidatura quase não se efetivou. É fato não apenas notório, tornou-se público.