Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

IPSEMG e Zoo

Publicado em 03/10/2023 às 13:56.

Viver muito pode não ser boa opção para o ser humano. Mas cabe saber exatamente o que é “viver muito”, conceito a ser definido por cada um de nós.

Tendo participado de um período do governo de Israel Pinheiro à frente dos destinos do Estado, posso assim avaliar e julgar um pouco de sua gestão, acompanhando o que se fez. Estive presente à inauguração do Hospital da Previdência, na confluência da Alameda Álvaro Celso com rua Pernambuco, limite do Parque Municipal.

O governador não era de conversa inútil. Engenheiro aprazia-lhe construir. Assim foi com Brasília, por exemplo. Sentindo que o funcionalismo dependia, aqui, de um estabelecimento de saúde amplo e moderno, cuidou com Eduardo Levindo Coelho, presidente do IPSEMG, de erguer uma casa nova. Ao deixar o Palácio da Liberdade, cumpriu o que julgava de dever. E fê-lo bem. Teço essas considerações ao conhecer as reclamações e demanda dos funcionários do Estado diante da assistência por que passa presentemente.

Não vou terminar por aqui. Acompanho, com pesar o caso do Jardim Zoológico, inaugurado pelo prefeito Celso Mello de Azevedo, nos anos 1950. Houve uma bela festa, que contou com a presença de alta autoridade do governo português. Era diretor da área de Parques e Jardins da PBH o engenheiro Carlos Eugênio Tibau, coadjuvado por Geraldo Torres, irmão do historiador João Camilo.

A partir de então, exemplares da fauna mundial foram acrescidos aos animais raros já existentes, tornando-se o Zoo ponto obrigatório de visitantes, os citadinos e os turistas. 

Para transferir a responsabilidade de gerir uma área de interesse da cidade, cuidou-se de fazer uma licitação à iniciativa privada. Seria um meio de passar os recursos de manutenção do Zoo para empreendimentos de grande interesse público, mesmo de urgência.

A iniciativa falhou. Não houve interessado. E agora? Em jornal, leio o comentário de um munícipe:

“O Zoológico acabou. Fui outro dia, os animais em más condições, todos no fim da vida, inúmeras doenças de pele, magros. Fui há uns oito anos, era muito mais cuidado, muito triste ver o fim que levou isso, muito pelos animais, não pelos empresários”.

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