Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Já mil medulas

Publicado em 06/08/2025 às 06:00.

Assino e publico em meu nome: 23 de julho de 2025. Neste dia, em um dos leitos do 13º andar da Santa Casa BH, a paciente Cleonice Aparecida Pereira sorria e celebrava junto à equipe multidisciplinar balões, cartazes e aplausos. O motivo de tanta alegria era a confirmação da tão aguardada pega da medula. Com isso, ela se tornou a milésima transplantada de medula óssea do Hospital de Alta Complexidade 100% SUS a ganhar um novo motivo para sorrir. 

Internada desde o dia 2 de julho, Cleonice passou pelo procedimento no dia 10 e, desde então aguardava, apreensiva, mas sempre otimista, pela boa notícia, que chegou e foi bastante celebrada. Para ela, é um novo começo:  “Apesar de ter enfrentado essa tempestade em minha vida, ela passou de forma leve e, hoje, eu tô muito feliz em saber que a medula pegou e que eu sou a paciente número mil. É um marco pra mim também porque é como se fosse o meu renascimento, é um momento de muita emoção”, celebra Cleonice. 

Diferentemente de órgãos sólidos, como rim ou fígado, o transplante de medula óssea é feito por meio de uma infusão de células tronco. Por isso, a pega da medula é o nome dado quando o organismo do paciente transplantado aceita as células e começa a produzir células sanguíneas (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas) de forma adequada, o que costuma ocorrer algumas semanas após o transplante. 

Considerado o maior centro transplantador de órgãos, tecidos e células de Minas Gerais, com mais de 50 anos de experiência, a Santa Casa BH possui um Centro de Transplante de Medula Óssea com 25 leitos e graças a investimentos na estrutura e equipamentos e à dedicação e treinamento constante da equipe multidisciplinar tem observado o número de TMO crescer ano após ano.  

O protagonismo da Santa Casa BH na área de transplantes conta com o apoio fundamental dos Guardiões dos Transplantes — o deputado federal Diego Andrade e o deputado estadual Mário Henrique “Caixa”. Por meio da destinação de emendas parlamentares, ambos contribuem diretamente para a estruturação, modernização e expansão dos serviços de transplante da instituição.   

Para Ana Paula Mota, gerente do Centro de Transplantes, que viu a Cleonice e outros pacientes também ganharem alta e irem para casa com uma nova medula e a saúde restabelecida, esse número mostra a força da instituição nesse tipo de procedimento e o cuidado com que a equipe multidisciplinar lida com cada caso. 

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