Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Marinha em ação

Publicado em 23/03/2024 às 06:00.

Caminha para meio ano a verdadeira guerra iniciada com a empreitada a que se decidiram fortes dispositivos terroristas do Hamas, na invasão de território israelense, em outubro de 2023. Desencadeou-se, a partir de então, violento conflito com Israel, que já deixou mais de 33 mil vítimas. A exploração política da guerra Hamas-Israel ganhou mais do que espaços na imprensa, porque espargiu sangue em toda a região, historicamente bélica.

Não se dá maior importância aos fatos, mas o Brasil também se envolve na questão. Não simplesmente por manifestações públicas do presidente Lula sobre o evento, resgatando animosidades históricas como o holocausto patrocinado por Hitler, que resultou no extermínio de mais de seis milhões de judeus.

Aquele pedaço do mundo é palco de guerras de todas as dimensões, ao longo dos séculos. A região é ligação geográfica entre nações e grupos diversos, como somos cansados de saber. Hoje, há uma barafunda de navios de guerra, comerciais e porta-aviões ingleses e americanos, trocando dezenas de bombas e mísseis com grupos rebeldes houtis. Estes são milicianos armados fortemente e prontos para enfrentamentos em qualquer dia e hora.

O que temos com isso? É o que se perguntaria, respondendo-se de imediato com as informações precisas de Aylê-Salassié Filgueiras Quintão, professor da UnB e jornalista conhecedor do problema. Os somalis justificam suas atividades clandestinas, sob alegação que agem em favor da proteção ambiental no golfo usado como depósito de lixo para navios, às dezenas, que transitam por ali ou por ali atracam.

A  Marinha do Brasil, além de pretender dar sua contribuição ao estabelecimento da paz no Golfo de Áden  e o retorno à normalidade ao tráfego mercante, foi indicada para liderar um grupo de embarcações de fiscalização e rastreio das ameaças latentes na região, entre as quais estão cargueiros  brasileiros que trafegam por ali transportando produtos  exportados   e  importados,  inclusive para a China, maior parceiro comercial do Brasil. Os piratas atacam à noite, sorrateiramente e agem com  violência.

Nossa gloriosa força de mar, reaparelhada pelos norte-americanos na 2a. guerra, tem participado  indiretamente de  guerras até  perseguição e 66 ataques a submarinos  alemães, e realizou  missões de  guarda de comboios para o Norte da África e no mar Mediterrâneo. Entre 1942 e 1945, foram comboiados cerca de 3.164 navios, sendo 1 577 brasileiros e 1.041 norte-americanos. Ultimamente, comboiou o equivalente a 50 navios mercantes brasileiros.

A Marinha é a mais velha das forças armadas brasileiras. Dispõe de cerca de cem embarcações.

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