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Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

O aço nacional

Publicado em 19/12/2023 às 06:00.

Enquanto se atenta para a situação da dívida do Estado de Minas Gerais com a União, embora este não seja o único grande problema, outros estão surgindo no panorama da economia montanhesa como a produção e exportação de aço.  E se trata de um excelente item na pauta de vendas ao exterior do país.

A imprensa, às vezes mal interpretada, tem advertido repetidamente para o que ocorre. É que, sem proteção ao item nacional, a importação do produto asiático, principalmente da China, pode subir 20% no ano que vai começar. Segundo estimativa do Instituto do Aço Brasil, este percentual vem somar-se aos 50% já aumentados em 2023.

Ao ver os números, os empresários do setor temem, mas parece que o governo federal não se impressiona.  Minas Gerais abriga a Usiminas, a CSN- Companhia Siderúrgica Nacional, a Gerdau, a Aperam e a Acelor-Mittal, padecendo de maturação e inquietação diante da invasão do dragão chinês.

Já diminuindo sua produção justamente, nossos produtores de aço pressionam para ampliar a taxa de importação para 25%, a fim de encarecer o aço importado e, assim, incentivar a siderurgia brasileira.  É o que se sente, vê-se a que se assiste. A Aperam, sediada em Timóteo, no Vale do Aço, tem clientes em quarenta países e capacidade para produzir 900 mil toneladas por ano, mas se vê constrangida a reduzir sua expansão.

As siderúrgicas insistem em atitudes da União, sem sucesso. A direção das empresas é objetiva: se o governo não tomar atitude, pode destruir uma indústria estratégica para a nação. A posição sustentável do empresariado está se tornando cada vez mais desafiadora.

Existe ainda o aspecto mão-de-obra. Se não houver providências no Brasil no novo ano, haverá possibilidade de demissões nas empresas siderúrgicas nacionais, a não ser que a União dificulte o ingresso do produto estrangeiro.

Até que algo se faça, ficamos na pior. E os chineses, do outro lado do mundo, dão um sorriso amarelo, porque não há falta de aço naquele lado do planeta.

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