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Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

O fim de ano

Publicado em 03/12/2021 às 19:49.Atualizado em 08/12/2021 às 01:12.

O Brasil é, incontestavelmente, um país fora de série. Quero dizer; que não segue exemplos, nem obedece a ensinamentos de nações mais ricas e adiantadas, como se observa dos horizontes que se vislumbram para as festas de final de ano e carnaval de 2022.

Tudo leva a crer que por aqui não se dá maior atenção à advertência de Mariângela Simão, que é diretora-geral-adjunta de Acesso a Medicamentos e Produtos Farmacêuticos da Organização Mundial de Saúde, por sinal uma brasileira.

Durante Congresso Brasileiro de Epidemiologia, ela afirmou peremptoriamente (e não está sozinha), que o vírus causador da Covid continua evoluindo com variantes mais transmissíveis e é, exatamente por isso que os casos da doença voltaram a crescer exponencialmente na Europa.

Na terra que se diz do Carnaval e do Samba, a preocupação parece não ser mais a Covid, embora o número assustador, sinistro, de mais de 600 mil vítimas. Será pouco? Não terão os nascidos neste nosso país lido as notícias nos jornais, ouvido pelas rádios ou visto pelas televisões? O quadro pode ser pior, se não se tomarem cuidados especiais. Enfim, são a saúde e a vida que se acham em risco.

Enquanto grupos se esforçam por não perder apoio, inclusive eleitoral, com vista às festividades, os possíveis participantes se movimentam sofregamente por seus projetos e planos, como se estivéssemos no melhor dos mundos. Não é exatamente assim. A guerra de um ano e vários meses não acabou e conselhos não faltam para se evitar uma nova tragédia. Quem quererá mais 600 mil mortos?

A Europa já se previne, porque reconhece que medidas de controle têm de ser tomadas, sem o que o continente poderá registrar 700 mil mortes por Covid até março. Aliás, a despeito do esforço do poder público, manifestações em alguns países como Holanda e Áustria, estão reunindo milhares de pessoas contra as providências restritivas impostas pelas autoridades.

Nos Estados Unidos, a mesma inquietação, até porque o número de casos letais já o maior do mundo. Pior é que, na pátria de Kennedy, Obama e Biden, há quem não queira se vacinar. O futuro dará a resposta, que de antemão se poderá saber qual será. No mundo, já existem inúmeras maneiras de se morrer, não se precisando apelar às epidemias e pandemias, recorrendo ao suicídio por oposição à imunização. Que, por sinal, se registra exatamente entre os povos civilizados.

E, agora, tem-se o ômicron, que já começa a invadir a Europa e pode atingir-nos. Logo, no fim de ano?, perguntam os adeptos das baladas e assemelhados.

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