Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

O lítio aí está

Publicado em 10/05/2025 às 06:00.

Os colonizadores vieram em busca de ouro, prata e diamantes, além da madeira valiosa que deu nome ao país. Claro que os minerais e a pedra preciosa ainda estão entre as grandezas da terra descoberta por Cabral em 1500. Muitos bens foram descobertos e explorados nestes séculos transcorridos. 

Em tempos mais recentes, no Jequitinhonha, um vale que fora rico, mas caíra em pobreza terrível, descobriu-se um tal de lítio na região que vai abrindo perspectivas altamente promissoras. É que se vê presentemente e se confia. Muito recentemente, deu-se mais um importante passo com esse objetivo. E o que leio em jornais diversos, acalentando a população com direito de viver melhor. Todos temos o sonho e a confiança em um futuro mais belo e promissor.  

O Serviço Geológico do Brasil (SGB- CPRM) utilizou tecnologias geofísicas avançadas para investigar depósitos de pegmatitos ricos em lítio no Vale do Jequitinhonha, conhecido como “Vale do Lítio”, em Minas Gerais. Resultados preliminares indicam que a técnica de eletrorresistividade identificou claramente a diferença entre os pegmatitos da região de Araçuaí e as rochas encaixantes, tornando possível mapear em profundidade esses corpos minerais. 

Segundo o SGB, a utilização combinada de métodos geofísicos como eletrorresistividade, gamaespectrometria, magnetometria e gravimetria reduz ambiguidades na interpretação e melhora significativamente a caracterização dos pegmatitos. A definição precisa da geometria desses depósitos facilita o planejamento da lavra e otimiza processos como sondagens e análises geoquímicas, resultando em redução de custos e maior eficiência na prospecção. 

Não custa conhecer o caso do lítio, aplicado no tratamento de transtornos bipolares e outros distúrbios psíquicos. O Brasil ainda o explora com moderação, embora detentor da quinta maior reserva do planeta. 

Quem não lê jornal com atenção não terá visto a manchete cuja matéria informa que a chinesa “BYD adquire direitos de exploração do lítio no Brasil”. A Taboca explora a mina estando a céu aberto de Pitinga, localizada em plena Amazônia, que “opera em área com resíduo de urânio”. É considerada uma das maiores jazidas de estanho não desenvolvidas do mundo. Esta teria sido uma das razões de Ji Jinping, presidente da China, ter vindo para a reunião de G20, visitado a presidente do Peru, Dina Baloarte, e passado um dia com Lula, no Alvorada. 

Entre os sócios da Companhia Brasileira do Lítio estão a canadense Sigma Lithium e, estrategicamente, a chinesa BYD, uma montadora que usa o mineral para produzir as tais baterias dos carros elétricos, agora instalada na Bahia”.  

O Jequitinhonha não irá perder a sua vez. 

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