O noticiário internacional é rico e atrai a atenção para os que desejam estar em dia com o que acontece no mundo. De antenas e olhos ligados no outro lado do planeta, o interesse é sobre a sucessão de terremotos, como o que sacudiu o centro das Filipinas, deixando destruição e mobilizando equipes de resgate.
Do lado de cá, a preocupação é om as desavenças políticas que mudam o cenário interno dos nossos países. Na madrugada de sexta-feira, o Congresso Nacional do Peru aprovou o afastamento da presidente Dina Boluarte, alegando “incapacidade moral permanente”.
Por unanimidade ou quase — 124 votos — os parlamentares destituíram a presidente. Como prevê a estrutura constitucional peruana, José Jerí, presidente do Congresso, tomou posse imediata como presidente interino do país.
Dina Boluarte, de 63 anos, enfrentava forte rejeição popular e investigações por enriquecimento ilícito e pela repressão em protestos. Será que, com relação à corrupção, o sexo feminino quer igualar ao masculino?
Jerí assumiu o poder prometendo instalar “um governo de reconciliação” e declarar guerra ao crime, principal problema que levou ao colapso político do governo anterior. Por lá, também, o crime se organizou à suficiência, como em outros países latino-americanos. Jerí tem 38 anos e é membro do partido conservador Somos Peru, e será o sétimo presidente do país desde 2016.
Entrementes, nos Estados Unidos a situação anda nada boa para o presidente Trump, às voltas para tentar pacificar as passagens para o outro lado do planeta no Oriente Médio. Em âmbito interno, o republicano não conseguiu aprovar uma nova proposta orçamentária e, assim, evitar o chamado “shutdown”, por força do que vários setores públicos suspenderam atividades.
Trump se reuniu com os líderes do Congresso na Casa Branca para buscar entendimento, mas não houve consenso ainda com os democratas. O vice-presidente, J. D. Vance, declarou que o governo caminha para uma paralização, caso não haja acordo. O prazo final para a decisão coincide com o encerramento do ano fiscal americano, o que reforça a urgência do impasse, que leva grupos às ruas em grandes cidades do Tio Sam.