Caminhamos para o fim de mais um ano e permanece sem solução o problema do Oriente Médio. No entanto, um fato continua o mesmo. Não se conseguirá a paz na região enquanto não se equacionar o caso da Palestina, diante da qual têm falecido todas as tentativas e perspectivas.
As declarações de Trump na abertura deste ano dos trabalhos da ONU lançaram uma esperança de luz sobre o Oriente Médio, mas não houve uma definição clara e objetiva após o apoio da França e outras nações sobre a implantação de um estado palestino. A posição de Israel tem-se mostrado intransigente e irreversível. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, apresentou aplausos pela disposição dos países que passaram a se formar em defesa do estado palestino, como tem sido buscado há décadas.
Mas o próprio Guterres lembrou que nada pode justificar os horríveis ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro e a tomada de reféns, dos quais restam hoje cerca de trinta, ou menos. No entanto, o mundo civilizado como todo condena o ataque israelense quase incessante do território em que se encontra a faixa de Gaza, uma região de sangue, dor e morte.
Há pouco, o presidente Trump confirmou que o Hamas se recusa a firmar um tratado de paz em condições razoáveis com Israel. Assim, o Oriente Médio continua como um campo de destruição e morte, bem representado pelas imagens que chegam às telas das televisões.
A terra disponível no Oriente Médio é claramente suficiente para manter toda a sua população atual e muito mais, se o solo for tornado produtivo. A localização geográfica propicia importantes vantagens que são percebidas de maneira parcial. Encruzilhada natural de três continentes, o Oriente Médio não oferece hoje uma promessa de proeminência global menor do que ofereceu no passado. O elemento humano existe ali. O mesmo acontece com o know-how técnico e científico.
Tudo o que se necessita é a síntese dos elementos. No entanto, essa síntese depende de atitudes humanas. É isto o que torna muito mais difícil uma tarefa difícil. Assim chegamos ao aqui e agora, que um jornal considerou. “É a hora de os líderes europeus pagarem parte da dívida imperialista com a região de pelo menos, articular alguma relação de repúdio contra a ofensiva em curso”.