Sim, já tem papa. O conclave para eleger o sucessor de Francisco foi bem rápido para a decisão. Melhor para a Igreja Católica e para iluminar a ansiedade de milhões de pessoas em todo o planeta, que adotaram e adotam a religião que Jesus queria que alcançasse todos os homens de boa vontade. Falando assim, reporto-me ao povo que forma o maior coletivo de católicos na terra.
Eamon Duffy, que escreveu o seu “Santos & Pecadores”, contando a História dos Papas, sentenciou que o pontífice simboliza o próprio governo divino de seus corações, mentes e consciências. E enfatizou: “As palavras do Sumo Pontífice pesam nos salões do poder e nas alcovas dos fiéis. E o papado é a mais antiga instituição humana e provavelmente a mais influente”.
O Império Romano era recém-nascido quando os primeiros papas ascenderam ao trono de São Pedro, há cerca de dois mil anos. Quando Francisco se tornou primeiro chefe sul-americano da Igreja, dinastia que ele representava, sobrevivera não só aos impérios romano e bizantino, mas ainda à Gália Carolíngia, à Alemanha medieval, à Espanha, à Inglaterra e ao Terceiro Reich, de Hitler. E Karol Wojtyla também teve papel bastante considerável no colapso do último desses impérios - a União Soviética.
A história do papado é, pois, a história de uma das mais decisivas e extraordinárias instituições em todo o tempo. Ela influenciou a sociedade e a cultura humana. Desde as inquietações contemporâneas em questões de vida e morte, como o aborto ou a pena capital, capitalismo ou a guerra nuclear, a arte ocidental. Enfim, o papado continua ocupando o centro de muitas das mais urgentes, profundas e exuberantes preocupações humanas.
Ora, estamos em pleno século XXI com sua ingente problemática, nações em guerra em praticamente em todos os continentes, problemas climáticos ameaçadores, dirigentes nacionais que não se entendem, enquanto a pobreza e a fome se expandem. Leão XIV tem uma missão imensa.