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Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Presente da Casa Branca

Publicado em 12/08/2025 às 06:00.

Estamos em plena época Trump. Nela a nação mais poderosa do mundo quer demonstrá-lo pondo em prova as demais do planeta e seus povos. O governante do país mais ao Norte nas Américas tenta impor condições de sobrevivência para os outros.

A truculência que os EUA põem em prova é fruto do espírito e da vida que sempre levou o ora titular da Casa Branca. Quem quiser conferir deverá ler com mais cuidado as ações e métodos de atuar desse Donald que chegou novamente à Casa Branca, que no passado identificou estadistas notáveis para reger os destinos nacionais, ainda que pondo em risco a própria existência física.

Trump sabe que os Estados Unidos são ainda a maior economia do mundo. Usei o vocábulo AINDA, por causas sabidas e consabidas. Porque não se ignorará que a pátria de Lincoln tem um déficit fiscal superior a US$ 9 trilhões ao ano, com uma dívida de 120% de seu PIB e em crescimento rápido.

É mais grave o quadro. Com o último pacote de corte de impostos e gastos proposto pelo próprio Trump e aprovado por restrita maioria do Congresso, haverá um desequilíbrio nacional de US$ 3,3 trilhões em dez anos. O que o chefe do Executivo pretende é amenizar esse rombo. Mas não é só isso. Os EUA têm um déficit comercial que bateu os US$ 912,4 bilhões em 2024. Esta uma das mais fortes razões para que o dólar seja mantido como moeda padrão em transações internacionais.

Deste jeito e maneira, Trump age com as demais nações, mesmo reconhecendo que elas padecem de idêntico mal. O impacto determinado por Washington ao Brasil foi um dos pontos de apoio de Trump, mesmo sabendo que o impacto recairá em seu segundo maior parceiro comercial. Somos até agora o maior exportador mundial de carne bovina e frango, soja, milho, café, açúcar e suco de laranja, mantendo-nos como 10ª maior economia do mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional, além de maior da América Latina. Se mantido a tarifação como inicialmente previsto, só o agronegócio brasileiro poderia registrar um prejuízo de até US$ 8 bilhões, como enunciado pela Conferência de Agricultura e Pecuária do Brasil. E nem falamos no desastre,  se mantivesse a tarifação com relação à Embraer.

Em resumo: a Casa Branca quer transferir essa dívida para os parceiros comerciais.

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